O Boletim Agropecuário de agosto do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) destacou que, na primeira quinzena de agosto, os preços do frango vivo apresentaram aumento nos dois principais estados produtores do país: 2,6% no Paraná e 0,5% em Santa Catarina, em relação ao mês anterior. Comparando com agosto de 2023, os preços subiram 5,2% em Santa Catarina e 2,0% no Paraná, considerando os valores nominais.
Em Santa Catarina, entre as três regiões monitoradas pela Epagri/Cepa, apenas o Oeste registrou variação positiva na primeira quinzena de agosto, com alta de 1,8%. As regiões do Meio Oeste e Litoral Sul mantiveram os preços inalterados no período. Em relação a agosto de 2023, houve alta de 24,3% no Meio Oeste, mas quedas de 3,6% no Litoral Sul e 12,6% no Oeste, considerando os preços ajustados pelo IGP-DI.
No atacado, todos os cortes de carne de frango acompanhados pela Epagri/Cepa registraram variações negativas em comparação ao mês anterior: -1,7% para o filé de peito, -1,5% para o peito com osso, -1,0% para a coxa/sobrecoxa e -0,3% para o frango inteiro congelado. A média dos cortes caiu 1,1% no período, embora no ano acumulem uma alta de 17,4% em valores nominais. Comparando com agosto de 2023, houve alta em todos os cortes, com destaque para o filé de peito (35,5%) e peito com osso (33,5%). A variação média foi de 21,3%, considerando os valores corrigidos pelo IGP-DI.
De acordo com a Embrapa Suínos e Aves, o custo de produção de frangos em aviário climatizado positivo em Santa Catarina foi de R$ 4,75/kg de peso vivo em julho, um aumento de 3,3% em relação ao mês anterior e 3,0% em comparação com julho de 2023. A relação de troca insumo-produto caiu ligeiramente na primeira quinzena de agosto (-0,3%), devido à alta do preço do milho na região Oeste (1,5%) e a elevação do preço do frango vivo (1,8%). Atualmente, essa relação de troca está 19,7% acima do registrado em agosto de 2023.
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Segundo o Boletim Agropecuário, o Brasil exportou 452,6 mil toneladas de carne de frango em julho, um crescimento de 6,4% em relação ao mês anterior e 7,2% em comparação com julho de 2023. As receitas foram de US$ 874,4 milhões, aumento de 12,1% em relação a junho e de 3,5% em comparação com julho de 2023. Esse resultado é notável, especialmente considerando a confirmação de um foco da doença de Newcastle em uma avicultura comercial no Rio Grande do Sul em julho, o que levou à suspensão das importações de carne de frango do estado por 44 destinos, além de 5 destinos que suspenderam as importações de todo o Brasil. O controle rápido e efetivo do foco permitiu a retomada das exportações, com a maioria dos embargos sendo limitados apenas ao Rio Grande do Sul.
Apesar da rápida retomada, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) revisou para baixo sua projeção para as exportações de carne de frango em 2024, prevendo agora 5,25 milhões de toneladas, um crescimento de 2,2% em relação a 2023. De janeiro a julho, o Brasil exportou 2,98 milhões de toneladas, com receitas de US$ 5,43 bilhões, ligeira queda de 0,1% em volume e de 8,1% em valor em comparação com o mesmo período de 2023.
Santa Catarina destacou-se nas exportações em julho, com embarques de 103,2 mil toneladas de carne de frango, um aumento de 11,8% em relação ao mês anterior e 14,7% em comparação com julho de 2023. As receitas totalizaram US$ 206,0 milhões, um crescimento de 18,1% em relação a junho e de 5,2% na comparação anual. O valor médio da carne de frango in natura exportada pelo estado foi de US$ 1.936,47 por tonelada, um aumento de 5,9% em relação ao mês anterior, embora 6,9% abaixo do valor de julho de 2023. No acumulado de janeiro a julho, Santa Catarina exportou 666,6 mil toneladas, gerando receitas de US$ 1,28 bilhão, com alta de 5,0% em volume, mas queda de 7,3% em valor, em comparação com o mesmo período de 2023.
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A produção de frangos em Santa Catarina também apresentou crescimento. Nos primeiros sete meses de 2024, foram produzidos 514,8 milhões de frangos, um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Até 15 de agosto, haviam sido confirmados 166 focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no Brasil, 21 deles em Santa Catarina. Contudo, nenhum desses casos ocorreu em aves comerciais no Brasil até o momento.
Fonte: agrolink