A capacidade dos depósitos agrícolas no Brasil atingiu 210,9 milhões de toneladas no segundo semestre do ano passado, um aumento de 4,7% em relação ao primeiro semestre de 2023, segundo o IBGE. O número de estabelecimentos cresceu 4,8%, totalizando 9.102 unidades, e os estoques de produtos agrícolas chegaram a 44,6 milhões de toneladas, uma alta de 13,2% em relação ao mesmo período de 2022.
Apesar desse crescimento, a estocagem ainda é um desafio. Thays Moura, sócia-fundadora da Agree, acredita que o setor imobiliário pode contribuir significativamente para melhorar esse cenário. “Investir no aumento de armazéns e silos ajuda diretamente o problema de logística do Brasil e também contribui para que o produtor consiga esperar o momento mais oportuno para vender sua colheita. Fundos Imobiliários (FIIs) podem ser uma solução viável, permitindo a obtenção de capital para financiar projetos que ajudam o escoamento da produção agropecuária. A aproximação entre o setor imobiliário e o agronegócio pode trazer benefícios mútuos, com a diversificação dos investimentos e a melhoria das condições dos celeiros para os agricultores”, afirma.
Além desses obstáculos, diferentes tipos de produção, tanto agrícola quanto pecuária, enfrentam adversidades específicas como a sazonalidade e a variação dos preços. A gestão financeira das propriedades rurais enfrenta dificuldades burocráticas e de acesso ao crédito, incluindo exigências de garantias e juros elevados. Há também a necessidade de capital de giro, instabilidade da renda, altos custos de insumos, flutuações econômicas globais e políticas comerciais adversas.
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“Isso prejudica os produtores, levando-os a adquirir soluções inadequadas, com taxas e circunstâncias desfavoráveis. Até mesmo a inovação pode se tornar um obstáculo, pois a adoção de novas tecnologias é dificultada pela ausência de informações técnicas ou verba para investimentos iniciais”, completa.
Fonte: agrolink