Na última semana, o mercado de soja apresentou movimentos interessantes, com fatores internos e externos influenciando as cotações. Nos Estados Unidos, a safra continua se desenvolvendo de forma satisfatória, o que mantém as expectativas altas e pressiona os preços. No início da semana, a demanda por soja foi lenta, mas se recuperou com o anúncio da venda de 260 mil toneladas da safra 2024/25. No Brasil, o dólar e os prêmios contribuíram para a elevação das cotações, mesmo com a queda observada em Chicago. Em Chicago, o contrato de soja para agosto de 2024 fechou a U$10,72 o bushel (-2,19%), enquanto no Brasil, o contrato com vencimento em março de 2025 subiu 1,23%, a U$10,74 o bushel, com o dólar cotado a R$5,66, uma alta de 1,07% ao longo da semana.
De acordo com os dados apresentados da Grão Direto, para a semana que se inicia, diversos fatores podem influenciar o comportamento do mercado de soja. A recente decisão judicial sobre a possível isenção das pequenas refinarias de utilizarem biocombustíveis na mistura com o diesel pode continuar impactando negativamente os preços do óleo de soja. Caso a isenção se confirme, a tendência é de queda nos preços, mas se a isenção não for aprovada, os preços podem subir cerca de US$ 0,80/bushel.
Na Argentina, o ritmo de esmagamento de soja segue acelerado, com uma previsão de 3,58 milhões de toneladas para o final de julho. Esse movimento pode tirar a competitividade do Brasil no mercado internacional, especialmente em relação ao farelo e óleo de soja. Além disso, a previsão climática nos EUA indica uma semana com clima quente e chuvas abaixo da média, o que pode trazer volatilidade para o mercado de grãos.
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Outro ponto importante é a relação de troca no mercado de fertilizantes. Com a aproximação da safra de soja, fatores como o aumento da produção de ureia na Índia e a retomada das exportações de fosfatados na China podem apresentar oportunidades no curto prazo, influenciando as cotações.
Diante desses fatores, as cotações da soja poderão recuar mais uma semana em Chicago. No entanto, o dólar pode manter sua tendência de alta, contribuindo para a estabilidade da soja brasileira no mercado interno.
Fonte: agrolink