O agronegócio brasileiro continua essencial na economia, atendendo às demandas internas e externas por fibras, alimentos e energia. No primeiro quadrimestre de 2024, o setor registrou um faturamento de US$ 52 bilhões com as vendas externas de produtos agropecuários, um aumento de 2,7% em relação ao mesmo período de 2023.
De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, que basearam suas análises em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Secretaria de Comércio Exterior (sistema Siscomex), o crescimento do faturamento está associado a um aumento de 9% no volume de produtos escoados pelo Brasil, mesmo com a queda de 6% nos preços em dólar. “O avanço nas exportações foi impulsionado por produtos como algodão, que teve um aumento significativo de 230% no volume exportado, além do açúcar (+80%), café (+50%), carne bovina in natura (+41%), farelo de soja (+21%), soja em grãos (+10%), papel (+24%) e carne suína (+3%)”, destacam os pesquisadores do Cepea.
A China manteve-se como o maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro, embora tenha havido uma redução na participação do país asiático no valor total das exportações. Em contrapartida, os Estados Unidos e países do Oriente Médio, como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, aumentaram suas participações. Outros países que vêm intensificando as relações comerciais com o agronegócio brasileiro incluem Índia, Egito, México e Turquia.
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Os pesquisadores do Cepea projetam que a demanda por alimentos, fibras e energia continuará forte em 2024. Apesar das expectativas de crescimento mais modesto das principais economias mundiais, o aumento da população global e a elevação da renda dos países importadores devem sustentar essa demanda. No que diz respeito à oferta, a atenção nos próximos meses estará voltada para a colheita no Hemisfério Norte, enquanto os países do Hemisfério Sul, como Brasil e Argentina, finalizam a colheita de grãos e se preparam para o novo ciclo produtivo de 2024/25. “Alterações na oferta mundial em relação ao esperado pelo mercado podem resultar em variações nos preços internacionais dos produtos agropecuários”, afirmam os especialistas do Cepea.
Fonte: agrolink