De acordo com a TF Agroeconômica, a atual situação de não-lucratividade do milho, com preços durante toda a temporada muito abaixo dos custos de produção, exige um planejamento estratégico de engenharia financeira e de cobertura para a próxima safra. Essa abordagem visa evitar a repetição das circunstâncias desfavoráveis enfrentadas este ano.
Um dos fatores que pressionam os preços é a colheita brasileira de milho. Com a desvalorização do real, o Brasil deve colocar no mercado internacional entre 33,5 milhões de toneladas, segundo a Conab, e 50 milhões, segundo o USDA, um volume ligeiramente inferior às 56,52 milhões de toneladas dos EUA. Isso cria uma competição direta com o milho americano. Adicionalmente, os prêmios de exportação no Brasil têm aumentado significativamente, impulsionando recordes de vendas pelos agricultores nesta semana.
No cenário das exportações norte-americanas, os números ficaram abaixo do esperado. As exportações de milho dos EUA nesta semana foram de 437,8 mil toneladas, inferiores às 538,3 mil toneladas da semana anterior e da faixa projetada pelo mercado, que era entre 500 mil e 800 mil toneladas.
Já as importações chinesas de milho registraram uma queda de 50%. Em junho, a China importou 920 mil toneladas, uma redução de 12,4% em relação a maio e cerca de 50,2% a menos que as 1,85 milhões de toneladas importadas em junho do ano passado, conforme dados do Departamento de Alfândegas da China (GACC).
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Existem, contudo, fatores que podem influenciar a alta dos preços do milho. A falta de chuvas em regiões importantes do Cinturão do Milho nos EUA, exceto no oeste de Iowa e no centro das Grandes Planícies, onde chuvas são esperadas, pode afetar negativamente a oferta. Além disso, o nível de preços em Chicago está no seu ponto mais baixo desde 2020, o que pode reativar a demanda.
Fonte: agrolink