O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou o Plano Safra 24/25 com novidades e incentivos para pequenos, médios e grandes agropecuaristas. Com um volume recorde de recursos e taxas de juros mais competitivas, o plano visa impulsionar a produção agrícola e pecuária, fortalecendo o setor e promovendo a sustentabilidade econômica e ambiental no Brasil.
O plano destina R$ 293 bilhões para custeio e comercialização e R$ 107 bilhões para investimentos. No entanto, médios e grandes produtores ainda enfrentam dificuldades para acessar esse crédito. Segundo Mariano Soares, auditor contábil e sócio da Evoinc, a burocracia, as exigências de garantias reais e a avaliação da capacidade de endividamento são obstáculos significativos, especialmente para pequenos e médios produtores.
“A análise exige comprovações como plano de plantio detalhado e laudo técnico de lavoura. Exige também garantias reais, como imóveis ou maquinário, um obstáculo significativo, especialmente para pequenos e médios produtores que podem não ter bens suficientes que suportem a obtenção do crédito, além da avaliação rigorosa da capacidade de pagamento, limitando o acesso para aqueles com histórico de endividamento elevado, baixa margem de lucro ou histórico de inadimplência”, detalha Soares.
O Plano Safra 24/25 incentiva tecnologias modernas para aumentar a eficiência e reduzir o impacto ambiental. A modernização de tratores e colheitadeiras, com juros de 11,5%, oferece aos agropecuaristas a chance de inovar e melhorar a produtividade. As políticas de financiamento apoiam práticas agrícolas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta. Mariano Soares destaca a Cédula de Produto Rural (CPR) como crucial para a segurança financeira dos grandes agricultores, oferecendo liquidez, garantia e negociação, permitindo a antecipação de recursos.
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“Baseada em três pilares principais – liquidez, garantia e livre negociação – a Cédula de Produto Rural (CPR) permite a antecipação de recursos para o produtor e oferece ao credor a segurança de que o valor emprestado será pago. Isso pode ocorrer por meio da CPR física, que envolve produtos como soja, café e milho, ou da CPR financeira, onde o produtor promete o pagamento em dinheiro, vinculado ao preço dos produtos agropecuários. Além disso, a CPR pode ser transferida a terceiros por meio de endosso ou cessão, facilitando a livre negociação”, conclui Soares.
Fonte: agrolink