O mercado de feijão-carioca no Brasil encontra-se em um momento de certa tensão, segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe). Os empacotadores estão aguardando baixas nos preços para aumentar o volume de compras sem receio de recuos futuros nos preços. Essa espera tem criado um ambiente de apreensão, ainda que todos reconheçam que os preços tendem a se acomodar em valores mais baixos, seja mais rápido ou mais devagar.
Uma tendência observada é que, com a perspectiva de queda nos preços, os produtores de feijão-carioca estão apressando a colheita e venda do produto. Atualmente, a maior parte do feijão-carioca que está sendo embarcado foi fixado antes mesmo da colheita, com preços entre R$ 305 e R$ 310 nos últimos dias. No entanto, à medida que os embarques dos lotes vendidos forem se esgotando, é provável que os preços recuem. Portanto, é aconselhável que os produtores colham e vendam o que puderem o mais rápido possível.
No caso do feijão-preto, os levantamentos realizados pelo Ibrafe na semana passada indicam uma quebra maior na produtividade do que tem sido admitida. Enquanto a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou uma produção de 589 mil toneladas na segunda safra, o Ibrafe considera que a colheita total de feijão-preto da segunda safra será de 470 mil toneladas. Essa diferença significativa destaca a necessidade de revisar as estimativas de produção para refletir uma quebra maior na produtividade do feijão-preto.
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Essa análise do Ibrafe sugere que o mercado de feijão no Brasil está enfrentando desafios consideráveis, com impactos tanto para produtores quanto para empacotadores. A rápida venda e colheita do feijão-carioca e a revisão das estimativas de produção de feijão-preto são medidas essenciais para ajustar o mercado e mitigar as tensões atuais.
Fonte: agrolink