O Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) tem monitorado de perto os grandes empacotadores de feijões, um segmento essencial para a estabilização do mercado. Recentemente, foram observadas negociações dos Feijões irrigados de Goiás e Minas Gerais na faixa de R$ 310 a R$ 315. Este cenário reflete um momento delicado do mercado: uma possível queda nos preços pode levar os compradores a adotar uma postura mais cautelosa. Por outro lado, a ausência de uma redução de preços mantém os compradores na espera, buscando maior segurança e menor risco antes de efetuar novas compras.
A resolução desse impasse geralmente depende da atuação dos grandes compradores. Estes atores, em determinado momento, acabam por “fazer o preço” ao definir o valor de suas compras, sinalizando uma redução no risco percebido e influenciando a confiança do mercado. Quando grandes compradores entram no mercado e começam a adquirir grandes volumes a preços específicos, eles transmitem uma mensagem de estabilidade e menor risco. Esse movimento é essencial para destravar as negociações e trazer um novo fôlego ao mercado, permitindo que os preços se estabilizem ou até mesmo aumentem, conforme a demanda e a oferta se ajustam.
No Paraná, o Feijão-preto está sendo negociado com valores de referência entre R$ 270 e R$ 280. A demanda nos supermercados permanece estável até o momento, com uma tendência de aumento nas vendas de Feijão-carioca. A situação no Paraná ilustra uma característica interessante do mercado de feijões: mesmo com variações nos preços de referência, o consumo nos pontos de venda final, como supermercados, pode seguir um comportamento diferenciado. O Feijão-carioca, em particular, continua a ter uma boa aceitação entre os consumidores, o que pode ser um indicativo de mudanças nas preferências de consumo ou de estratégias promocionais eficazes por parte dos supermercados.
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Fonte: agrolink