Na última semana, o mercado da soja enfrentou desafios e ajustes importantes. Segundo a Grão Direto, o plantio da safra norte-americana foi tecnicamente concluído, mas as condições das lavouras pioraram, apesar das projeções ainda se manterem positivas.
O relatório do USDA revelou uma área plantada de soja menor que a esperada, enquanto a alta do dólar tornou a soja brasileira mais competitiva, impulsionando as exportações e possivelmente estabelecendo recordes no mês de junho. Em Chicago, o contrato de soja para julho de 2024 fechou a US$ 11,51 por bushel, uma queda de 0,78%. No Brasil, o mercado físico registrou altas devido à forte valorização do dólar, que fechou a R$ 5,59, um aumento de 2,76%.
Projeção
Para a semana atual, o clima continua a ser um fator crucial para as lavouras norte-americanas. As condições meteorológicas se mostram favoráveis, com previsão de temperaturas mais amenas e chuvas regulares no cinturão agrícola, o que pode melhorar as condições das lavouras. No entanto, a relação de troca apertada, com o preço do MAP 30% mais alto que no ano passado e os fosfatados com espaço para mais altas devido à baixa oferta, está pressionando a comercialização da soja. Com preços 15% menores para a nova safra em comparação ao ano anterior, os produtores enfrentam margens cada vez mais apertadas.
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Além disso, o relatório de área plantada do USDA revelou uma redução de 410 mil acres na área destinada à soja, contrariando as expectativas de aumento. Essa redução inesperada pode levar a uma maior volatilidade nos preços em Chicago, com tendência de queda. Embora a área plantada ainda seja significativamente maior que na safra anterior, a perspectiva de boas condições climáticas pode amplificar as quedas nos preços futuros, a menos que ocorram condições climáticas extremamente desfavoráveis.
Com esses indicadores, a perspectiva para a semana é de uma evolução pessimista dos preços da soja, possivelmente resultando em mais uma semana negativa para o mercado.
Fonte: agrolink
