Ronei Gaviraghi, produtor rural de Mangueirinha, no Paraná, destacou-se com sua produtividade de milho, alcançando 270 sacos por hectare. O resultado é fruto de manejo cuidadoso e de longo prazo, com foco na correção do solo e no uso de técnicas avançadas de agricultura.
“A nossa produtividade de milho é resultado de um trabalho contínuo no solo, fazendo correções para elevar o pH com calcário e gesso agrícola para formação de perfil de solo”, explica Ronei. Ele ressalta a importância da correção a taxas variáveis de nutrientes, como Potássio, Fósforo e Boro, utilizando mapeamentos detalhados para identificar as necessidades específicas de cada parcela do solo.
Além da correção química, Ronei investe na melhoria física e biológica do solo, utilizando plantas de cobertura no inverno, como centeio e ervilhaca. “Essas plantas ajudam na fixação biológica de nitrogênio e mantêm a cobertura do solo por mais tempo, tornando-o mais resiliente às variações climáticas”, afirma.
Estruturação do solo e escolha do híbrido
A preparação do solo é apenas uma parte da equação. A escolha do híbrido também é fundamental. Ronei trabalha há seis anos com híbrido da Agroeste, que oferece alta produtividade e resistência ao complexo de enfezamento da cigarrinha, uma praga que tem desafiado os produtores nos últimos anos.
“A distribuição homogênea das sementes durante o plantio é fundamental para garantir uma germinação uniforme e maximizar o potencial produtivo”, destaca Ronei. Ele complementa que o controle de pragas, como a cigarrinha e lagartas, é essencial para manter a produtividade, utilizando herbicidas e inseticidas de forma integrada.
Desafios climáticos e competição
O ano foi desafiador para os produtores da região, com excesso de chuvas no início do ciclo e um período de seca durante a virada do ano. No entanto, o solo bem estruturado ajudou a mitigar os impactos climáticos. “É um trabalho de longo prazo para conseguir expressar todo o potencial produtivo do milho”, comenta Ronei.
Ronei Gaviraghi destacou-se no Fórum Getap, mostrando que a região de Mangueirinha, junto com Guarapuava e Ponta Grossa, tem um potencial produtivo notável devido ao clima favorável e à altitude de 900 a 1000 metros. Ele salientou que essas condições naturais, aliadas a solos ricos em matéria orgânica e bem estruturados, proporcionam uma vantagem competitiva aos produtores locais. No entanto, Ronei enfatizou que, além das condições ambientais, o sucesso depende do trabalho árduo dos agricultores em manejar corretamente o solo e as culturas.
Ronei soube do concurso no ano anterior, motivado pelos resultados de produtores em regiões com climas semelhantes. Sua decisão de participar foi tomada após o plantio do milho, sem planejamento específico para o concurso. Ele destacou que a alta produtividade não é alcançada de um ano para o outro, mas sim através de um trabalho contínuo de estruturação do solo. A escolha de uma parcela com melhor condição de produtividade foi a única estratégia adicional utilizada, reforçando que a base de seu sucesso está na manutenção de um padrão elevado de manejo agrícola.
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“Não fizemos nenhum manejo específico para ganhar o concurso, foi o padrão da lavoura que garantiu o resultado”, conclui.
A história de Ronei Gaviraghi serve de inspiração para outros produtores rurais, mostrando que com planejamento, investimentos adequados e manejo cuidadoso, é possível alcançar produtividades excepcionais, mesmo diante dos desafios climáticos e fitossanitários.
O sucesso de Ronei Gaviraghi destaca a importância de uma abordagem integrada e de longo prazo na agricultura. A combinação de correções químicas, melhorias físicas e biológicas do solo, junto com a escolha de híbridos adaptados e resistentes, são fundamentais para alcançar altos rendimentos. A experiência de Ronei demonstra que, com dedicação e conhecimento, os produtores podem superar os desafios e atingir resultados extraordinários.
Getap
Todas as áreas dos produtores inscritos foram auditadas pela equipe técnica do Grupo Somar, que tem ampla experiência neste mercado. Alguns indicadores chave de produção foram analisados durante a auditoria, entre eles: produtividade e população obtida, número e peso de grãos por espiga. Para finalizar o processo, os participantes recebem um relatório técnico completo, produzido pela equipe do Getap (Grupo Tático de Aumento de Produtividade), podendo comparar o seu desempenho com as médias dos demais produtores participantes.
O Getap é uma iniciativa que busca reunir especialistas do agronegócio para discutir temas relevantes e disseminar conhecimento e boas práticas no manejo da cultura do milho, com o objetivo de aumentar a produtividade e, consequentemente, a produção da cultura no Brasil. Para isso, é promovido o concurso, onde a indústria e a cadeia do agronegócio se reúnem para premiar produtores com os mais altos níveis de produtividade, alinhando isso à rentabilidade, tecnologia e sustentabilidade.
Fonte: agrolink