As cotações da soja cederam nesta semana em Chicago. De acordo a análise semanal na Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), o bushel da oleaginosa chegou a bater em US$ 11,77 no dia 05/06, após US$ 12,48 no dia 24/05. Ou seja, em sete dias úteis o mesmo perdeu 5,7% de seu valor. Na sequência, houve um repique de alta e o fechamento da quinta-feira (06) ficou em US$ 12,00/bushel, contra US$ 12,09 uma semana antes.
Destaca-se que a média de maio ficou em US$ 12,16/bushel, correspondendo a uma elevação de 4,5% sobre a de abril. Em maio do ano passado, a média havia sido de US$ 13,85 considerando o primeiro mês cotado. Dito isso, o bom avanço do plantio nos EUA, graças a um clima favorável, puxa para baixo as cotações da soja. Além disso, a colheita sul-americana caminha para o final e a produção, mesmo com os recuos no Brasil e Argentina, ainda será expressiva na comparação com os anos anteriores.
Efetivamente, o USDA indicou que, até o dia 02/06, o plantio da soja nos EUA chegava a 78% da área esperada, contra 73% na média histórica. Por sua vez, os embarques de soja estadunidense, na semana encerrada em 30/05, somaram 348.644 toneladas, ficando próximos do limite superior esperado pelo mercado. Com isso, o total exportado, até o momento, no atual ano comercial, atinge a 40,3 milhões de toneladas, ficando abaixo das mais de 48 milhões no mesmo período do ano passado.
Vale ainda apontar que as importações de soja, por parte da União Europeia, no ano comercial 2023/24, que se encerra em junho naquela região, atingiam a 11,9 milhões de toneladas até o dia 02. Isso representa um recuo de 1% sobre o mesmo período do ano anterior. Deste total, a UE importou do Brasil 4,9 milhões de toneladas, representando 41,6% do total importado. No mesmo período do ano anterior, o Brasil exportou 4,65 milhões de toneladas, ou seja, 38,6% do total. Enquanto isso, as importações totais de farelo de soja, por parte da UE, somaram 14,2 milhões de toneladas na mesma data de junho, representando um recuo de 4% sobre o ano anterior. Todavia, o total importado de farelo brasileiro somou 8,4 milhões de toneladas, ou seja, 59% do total importado pelos europeus. No mesmo período do ano anterior, o Brasil havia vendido 7,7 milhões, ficando com 52,4% das vendas totais de farelo de soja para a UE. Já em colza (canola) a União Europeia importou, no mesmo período, 5,1 milhões de toneladas, com recuo de 29% sobre o ano anterior, e as importações de óleo de palma ficaram em 3,12 milhões de toneladas, ou seja, 19% a menos do que o registrado no ano anterior.
googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘agk_14000_pos_4_conteudo_mobile’); });
E aqui na América do Sul, o Paraguai deverá produzir um total de pouco mais de 10 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24, sendo que a safrinha local do produto já estaria com cerca de 90% colhido. A produtividade média da mesma está em 1.620 quilos/hectare, equivalendo a 27 sacos/hectare. Enquanto isso, a comercialização desta safra de soja paraguaia chegava a 74% do total, com a melhoria dos preços locais nas últimas semanas.
Fonte: agrolink