As intensas chuvas que atingiram o estado entre a última semana de abril e os primeiros dias de maio acumularam o equivalente a três meses de precipitação em poucos dias, resultando em enchentes históricas. As regiões central e sul do Rio Grande do Sul foram as mais afetadas, com rios atingindo níveis recordes e barragens sendo rompidas. Esse cenário de excesso de chuva levou à saturação do solo, criando desafios significativos para os agricultores no manejo e implantação das próximas culturas.
Para mitigar os impactos negativos e garantir um plantio eficiente, o engenheiro agrônomo Ari Zago destacou pontos importantes. “É essencial plantar obedecendo as curvas de níveis e/ou terraços, além de garantir que o solo esteja úmido, pelo menos dois a três dias após a última chuva,” orienta Zago. Ele enfatiza a importância de conservar a palha de culturas anteriores e observar a textura do solo, algo que pode ser feito com um simples teste de campo para determinar os três níveis de umidade: seco, úmido e molhado.
Zago explica que os solos de textura média são ideais para o cultivo. “Solos secos e molhados não são bons: no solo seco, a semente não germina; no solo molhado, a semente germina, mas morre,” alerta.
Uma prática recomendada por Zago no campo é o teste de friabilidade. “Pegue um punhado de solo na mão, aperte com força e depois solte. Se o solo estiver muito seco, ele não se junta; se estiver muito úmido, ele gruda na mão. Mas se estiver friável, terá a umidade certa para o cultivo,” detalha o engenheiro.
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Fonte: agrolink