Com os avanços nas operações de plantio e no desenvolvimento inicial do trigo brasileiro, torna-se essencial monitorar o progresso da safra americana para preparar a atual safra brasileira e desenvolver estratégias de comercialização ao longo do ciclo produtivo.
Um ponto importante neste momento, inclui considerar as elevadas taxas de abandono das lavouras de trigo de inverno nos Estados Unidos, conforme os dados preliminares divulgados pelo USDA, para ajustar previsões de oferta e demanda, além de identificar oportunidades de mercado e riscos associados à variação na produção global de trigo
Para 2024, a taxa de abandono do trigo de inverno nos EUA foi estimada em 26,2%. Embora represente uma queda em comparação ao alarmante abandono de 32,7% do ano passado – a maior taxa desde 1917 – ainda se destaca como uma das mais altas nas últimas sete décadas. Além de 2023, os únicos anos recentes com taxas de abandono mais elevadas foram 2022, com 29,5%, e 2002, com 28,8%.
Série histórica do percentual de lavouras de trigo de inverno abandonadas nos EUA. Fonte: USDA
O gráfico histórico da taxa de abandono do trigo de inverno nos EUA, de 1909 a 2024, revela um padrão preocupante de flutuações significativas, especialmente nas últimas décadas. Este aumento na taxa de abandono pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo condições climáticas adversas, problemas econômicos e pragas, que podem afetar diretamente a rentabilidade e a viabilidade das lavouras.
googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘agk_14000_pos_4_conteudo_mobile’); });
Andamento da safra
Até 19 de maio, 69% da safra nacional de trigo de inverno estava espigada, 11 pontos percentuais à frente do ano passado e 12 pontos à frente da média de 5 anos. Em 19 de maio, 49% da safra de trigo de inverno de 2024 foi relatada em boas a excelentes condições, 1 ponto percentual abaixo da semana anterior, mas 18 pontos acima do ano passado. No Kansas, o maior estado produtor de trigo de inverno, 33 por cento da safra foi classificada em boas a excelentes condições.
Fonte: agrolink