Mídia: G7 quer garantir ajudar Ucrânia ‘à prova de Trump’ usando lucro de ativos russos congelados


De acordo com o Financial Times (FT), o G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) deve discutir um plano na cúpula de junho, sobre como adiantar o fornecimento de recursos a Kiev sob forma de empréstimos que seriam garantidos pelo lucro de cerca de US$ 350 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão) em ativos russos que foram congelados pelo Ocidente de forma unilateral e ilegal após o início da operação militar especial russa na Ucrânia.
Apesar da relutância de alguns membros, o esforço diplomático dos EUA tem mobilizado o grupo para garantir que um acordo seja finalizado na cúpula de líderes do G7 no próximo mês, segundo oito responsáveis ocidentais ouvidos pela apuração.
Segundo o plano, cerca de US$ 50 bilhões (aproximadamente R$ 255,1 bilhões) já poderiam ser desembolsados à Ucrânia neste verão (Hemisfério Norte) no momento em que Kiev luta para manter a linha de frente após meses de atrasos na entrega de ajuda militar ocidental.
Os membros mais relutantes do G7 aceitaram o plano como forma de garantir financiamento a longo prazo para Kiev, caso Joe Biden perca as eleições presidenciais deste ano para Trump, que se opôs à ajuda dos EUA à Ucrânia.
Drone carregando grande bandeira ucraniana em Kiev, Ucrânia, em 24 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.05.2024

França, Alemanha, Itália e Japão se opuseram inicialmente aos planos mais abrangentes dos EUA, como a apreensão dos ativos subjacentes da Rússia, temendo que isso pudesse criar um precedente para a apreensão de propriedade estatal e causar estragos nos mercados financeiros. Mas nas últimas semanas, os membros parecem ter sido convencidos por Washington de que a ideia de usar os rendimentos dos ativos russos para gerar empréstimos para a Ucrânia, é uma boa alternativa.
Os detalhes do acordo ainda não foram desenhados, como, por exemplo, quem emitiria a dívida, quem seria o Estado garantidor e como os riscos e o reembolso seriam partilhados no caso de os rendimentos futuros não se concretizarem.
O alto funcionário do Tesouro dos EUA disse que qualquer decisão seria “fundamentalmente uma decisão política, que será tomada pelos líderes” do G7 no próximo mês. “O objetivo é obter consenso dos ministros das Finanças para aconselhar os líderes”, disse o funcionário dos EUA ao FT.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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