O Conselho Administrativo de Defesa Econômica, do Ministério da Justiça (Cade) aprovou a fusão entre Bunge e Viterra no Brasil após cerca de 11 meses de análise. A transação, anunciada em junho do ano anterior, envolveu um valor estimado de US$ 18 bilhões, incluindo pagamentos à Glencore e acionistas da Viterra, além da assunção da dívida pela Bunge. A aprovação foi sem restrições e foi publicada pelo jornalista Rikardy Tooge no LinkedIn.
“O Cade aprovou nesta sexta-feira a fusão entre as gigantes do trading agrícola Bunge e Viterra no país. Havia preocupação do órgão antitruste com uma possível concentração no mercado de trigo, mas o argumento das empresas convenceu o Cade. Anunciada em junho do ano passado, a operação ocorre em escala global e fará da Bunge uma empresa de US$ 34 bilhões. Aval do Brasil deve sair no DOU desta segunda-feira”, escreveu ele, na rede social.
A fusão entre Bunge e Viterra cria uma megatrading com receitas próximas de US$ 110 bilhões, aproximando a Bunge de suas principais concorrentes, ADM e Cargill. As operações combinadas das duas empresas totalizam mais de 180 milhões de toneladas de grãos comercializados. Com alcance global, o negócio passou pela avaliação de autoridades concorrenciais em 40 países. A aprovação no Brasil era estratégica devido ao tamanho do mercado e à possibilidade de o CADE identificar pontos de concentração e sugerir restrições para a fusão.
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Em outros mercados relevantes, como o do Canadá, o desafio de aprovação persiste. O Departamento de Concorrência do Canadá expressou preocupações significativas em relação à proposta de fusão, destacando possíveis efeitos anticoncorrenciais substanciais e uma perda significativa de rivalidade entre Viterra e Bunge nos mercados agrícolas do país. O órgão identificou que a transação poderia prejudicar a concorrência no mercado de compra de grãos no Oeste do Canadá.
Fonte: agrolink