Uso de armas dos EUA por Israel pode violar direito internacional humanitário, diz Washington


A conclusão foi divulgada nesta sexta-feira (10), de acordo com o Memorando de Segurança Nacional 20 (NSM-20) da administração Biden.
O documento, do Departamento de Estado e enviado ao Congresso nesta noite, afirmou que era “razoável avaliar” se a operação militar israelense na Faixa de Gaza está violando o direito internacional.

“No entanto, dada a dependência significativa de Israel em artigos de defesa fabricados nos EUA, é razoável avaliar se os artigos de defesa abrangidos pela NSM-20 têm sido utilizados pelas forças de segurança israelenses, desde 7 de outubro, em casos inconsistentes com as suas obrigações de direito internacional humanitário ou com as melhores práticas estabelecidas para mitigação de danos civis”, afirmou o texto.

No entanto o NSM-20 observou que faltava “informação completa” sobre a utilização das suas armas nessas ações.

“Embora tenhamos obtido informações sobre os procedimentos e regras de Israel, não temos informações completas sobre como esses processos são implementados. Israel não compartilhou informações completas para verificar se os artigos de defesa dos EUA cobertos pelo NSM-20 foram usados ​​especificamente em ações que foram alegadas como violações do direito humano internacional ou do direito internacional dos direitos humanos em Gaza, ou na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, durante o período do memorando.”

Já estava previsto que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, apresentasse ao Congresso um relatório “altamente crítico” a Israel, mas que se abstivesse de fazer acusações de possíveis violações do direito internacional na Faixa de Gaza.
No entanto o secretário das Relações Exteriores britânico, David Cameron, afirmou que o Reino Unido não seguirá tal iniciativa. Ele garantiu que Londres “não apoiaria” uma operação militar israelense que desamparasse os civis, mas também não poderia parar a entrega de armas.
Washington decidiu interromper certos tipos de suprimentos militares destinados a Israel se este país lançar uma grande operação terrestre em Rafah, cidade palestina onde se concentra a maior parte dos deslocados pela guerra.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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