Um programa precursor de proteção ambiental, elaborado por uma incubadora de tecnologia, situada em Maringá (PR), premia financeiramente os produtores rurais empenhados voluntariamente na preservação e conservação dos ecossistemas do Paraná.
Com ênfase no desenvolvimento rural e sustentável, o incentivo faz uma conexão entre empresas habilitadas e certificadas a gerar e comercializar seus créditos de carbono.
Para se ter uma ideia, a taxa de crédito de carbono equivale a uma tonelada de carbono, ou seja, um hectare (1ha) que pode gerar 30 créditos de carbono. Um crédito de carbono custa, em média, US$ 5 no mercado internacional.
Os produtores rurais interessados em abraçar a causa de adoção de medidas de compensação devem estar registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR), cujos dados identificam – através do georreferenciamento – a localização, forma, dimensão, bem como as áreas de preservação da mata nativa da propriedade rural.
Depois de uma avaliação da extensão e atributos de qualidade da preservação do bioma local, a área em questão recebe um certificado digital estando devidamente qualificada a receber títulos de créditos de carbono, que resulta em uma premiação financeira ao produtor rural.
Como o Brasil ainda não possui regras claras para a comercialização do ativo, os títulos podem ser negociados de forma direta entre comprador e vendedor ou até mesmo através de uma consultoria especializada que poderá oferecer o crédito no mercado secundário regulado pela bolsa de valores.
Dentro do escopo do programa de incentivo à economia verde da incubadora de tecnologia, os agricultores paranaenses recebem, anualmente, R$ 280 por cada hectare de mata preservada.
Cerca de 10 agricultores do norte do estado foram beneficiados, o que gerou uma receita de R$ 35 mil.
Com regras definidas durante a COP 26, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima de 2021, que aconteceu em Glasgow, na Escócia, o crédito de carbono é uma forma de minimizar a emissão de gases do efeito estufa, considerado o grande vilão do aquecimento global.
Fonte: agrolink