O anúncio de um ‘pacote de resgate’ de incentivo ao setor imobiliário chinês, pelo banco central do país (PBoC) reverteu a ‘maré’ declinante da véspera para um movimento de alta dos contratos futuros do minério de ferro, na sessão desta terça-feira (11), ainda que de forma discreta.
Foi o caso da commodity negociada na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian (China) cujo contrato negociado para setembro próximo avançou apenas 0,1% a 807,0 iuanes (112,12 dólares) por tonelada métrica, ao passo que na bolsa de Cingapura, o insumo siderúrgico de referência para agosto próximo cresceu 1,8% para US$ 105,5 por tonelada métrica.
Tal resultado ‘moderado’, na verdade, espelha as preocupações com a volatilidade no curto prazo, além de condições climáticas adversas, devido ao calor intenso que acomete o gigante asiático. O ânimo reduzido com relação aos ganhos se acentuou após as declarações do presidente da Rio Tinto, Dominic Barton, no sentido de que são esperados ‘desafios de curto prazo’ para a economia chinesa’,
No mesmo tom, o diretor administrativo da Navigate Commodities, Atilla Widnell entende que “o mercado ainda está extremamente cauteloso com incorporadores imobiliários oportunistas e sem escrúpulos que ‘desalavancam’ seus balanços patrimoniais, em vez de aplicarem em fundos para o propósito pretendido”. Ao mesmo tempo, Widnell observa que “eventos climáticos impiedosos de alta frequência em toda a China estão limitando qualquer potencial positivo no curto prazo”.
De acordo com a previsão dos institutos de meteorologia do país, a expectativa é de que as temperaturas superem 40 graus em algumas regiões do país oriental, o que pode implicar maior lentidão na atividade de construção civil.
De modo inverso, ontem (10), os contratos futuros da commodity chegaram a cair até 3%, a reboque do otimismo súbito dos traders com novas notícias sobre novos incentivos do governo de Pequim ao setor imobiliário, mesmo que a demanda de aço dava sinais de fragilidade, nos últimos dias.
Fonte: capitalist
