Mais do que as restrições oficiais à produção do aço, a expectativa positiva do mercado, em relação a medidas de incentivo pelo governo de Pequim, visando a recuperação da economia do gigante asiático, acabou prevalecendo sobre os contratos futuros do minério de ferro, que apresentaram valorização moderada, na sessão desta quinta-feira (6).
O saldo favorável foi expresso na alta de 0,4% a R$ 110,10 a tonelada, do contrato da commodity de agosto, mais negociado na bolsa de Cingapura, não sem antes apresentar grande volatilidade.
De modo semelhante, na bolsa de Dalian (China), o contrato do insumo siderúrgico mais negociado fechou a sessão em alta de 1% a US$ 114,552 ou 829,50 iuanes por tonelada.
De acordo com a consultoria e provedora de dados Mysteel, algumas siderúrgicas da província chinesa de Sichuan, no sudoeste do país, foram notificadas verbalmente para que restrinjam o uso da eletricidade, o que resultará na redução da produção de aço, que tem o minério como principal matéria-prima. Situação similar ocorreu em Tangshan, que recebeu ordem de corte de produção para este mês, como medida que evite a deterioração da qualidade do ar da região.
Para analistas da Sinosteel Futures, os controles de produção “levam a um declínio significativo na demanda por minério de ferro”, ao acrescentarem que “o lado da oferta tem suporte fraco para os preços”, em meio ao aumento da oferta da Austrália e do Brasil.
Outra ‘sequela’ dos cortes de produção, apontam fontes do mercado, diz respeito ao declínio dos preços do minério de ferro, que haviam registrado os maiores ganhos mensais do ano no mês de junho último, em decorrência da ‘aposta’ de investidores numa retomada mais vigorosa da economia chinesa, uma vez superado o período mais crítico da pandemia.
Ao mesmo tempo, meteorologistas alertam para a iminente chegada de uma onda de calor, em especial, no norte do país, em que as temperaturas poderão superar os 40 graus Celsius, em algumas áreas, ao passo que são esperadas chuvas fortes e inundações em outras partes do gigante asiático.
Fonte: capitalist
