Ucrânia tornou-se ‘um muro’ para a expansão da Aliança Atlântica, opina analista sueco


“Tal como acontece com todos os incrementalismos e operações fora do tratado, um dia virá quando você bater no muro. A Ucrânia era um desses muros, e a OTAN tinha sido advertida por ocidentais conhecedores de alto nível e por todos os presidentes e ministros das Relações Exteriores russos nos últimos 30 anos”, afirmou Oberg.

O incrementalismo é uma estratégia em que a tomada de decisão política é inconsistente com a situação política real.

Segundo o analista, diariamente a OTAN viola todas as disposições do tratado, realizando operações fora dos Estados-membros. Além disso, observou o autor, de acordo com o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, os meios militares dos países da aliança podem ser usados apenas para autodefesa.
Entre outras violações da OTAN, o autor também identificou a invenção da categoria de “parceiros” – países que não fazem parte da organização, mas de fato podem ser classificados como participantes plenos.
Em conclusão, Oberg observou que em todos os 74 anos de existência da OTAN, cujo documento básico descreve o desejo de viver em paz com todos os povos e governos, a organização não foi capaz de alcançar uma paz real. Em vez disso, ressaltou o autor, ela aumenta para uma escala global e prega o militarismo.
Por sua vez, no final de maio, o chanceler russo Sergei Lavrov advertiu durante o discurso no XI Encontro Internacional de altos representantes encarregados de questões de segurança que os países da OTAN estão envolvidos no conflito ucraniano e essa linha irresponsável aumenta a ameaça de um confronto militar direto entre potências nucleares.
O então secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, em Bruxelas, 15 de setembro de 2014 - Sputnik Brasil, 1920, 08.06.2023

Fonte: sputniknewsbrasil

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