“Olhando para a justiça criminal, descobrimos que a política carcerária é também racional no que diz respeito aos recursos. Ao olharmos para como o dinheiro da justiça criminal está sendo distribuído, notamos que alguns estados mantêm os egressos do sistema prisional como excluídos da sociedade”, disse Zaffalon.
Quem é o Brasil atrás das grades?
“Não há nada que possa ser feito por essas pessoas? Não é possível melhorar ou lidar com os sintomas do sistema prisional brasileiro? Estamos falando de pessoas negras e periféricas. Até quando vamos tolerar essa barbárie?“, questionou.
Solução é repensar o futuro dos presidiários
“Há um débito com a população negra, hoje a mais afetada pela política de segurança pública. É preciso inverter os investimentos, que hoje estão destinados principalmente a ações ostensivas e radicalizadas, em nome de uma lei de drogas ineficiente”, defende Luciana.
“O levantamento do Justa apresenta informações que são difíceis para a sociedade civil compreender de uma forma geral”, porque existe uma certa negligência com relação às dificuldades enfrentadas pelos presos no Brasil, apontou Walkiria Zambrzycki.
“Se a gente pensar bem, a segurança pública é a mais afetada por outras políticas públicas. Quanto mais se investe em educação e saúde, menos investimentos em segurança pública são necessários. A gente precisa debater isso”, disse.
Fonte: sputniknewsbrasil