A Zeekr é mais uma fabricante chinesa que está ingressando no Brasil com produtos sempre elétricos. Deve iniciar as operações ainda em 2024 com dois produtos: um SUV e um crossover com ares de shooting brake. Conforme contamos neste artigo, o primeiro lançamento da marca será o 001, previsto para o segundo semestre deste ano.
Pertencente ao grupo Geely, o mesmo da Volvo, o Zeekr 001 é um crossover elétrico com dimensões generosas: 4,97 metros de comprimento, 1,99 m de largura, 1,56 m de altura e 3 metros de entre-eixos. Sua meta será brigar com o Porsche Taycan, ocupando uma faixa de preço intermediária entre este e um BYD Seal, em cerca de R$ 500 mil.
Aliás, todo o posicionamento da marca chinesa será voltado aos segmentos esportivo e de luxo, com tíquete médio acima do cobrado pela BYD. O objetivo da operação é conquistar clientes de Audi, BMW, Mercedes-Benz, da própria Volvo e até da Porsche. Conseguirá?
Para cumprir esta missão, o 001 terá alguns elementos superlativos a bordo. Nossa reportagem teve um breve contato com um protótipo estático do crossover, durante a apresentação oficial da marca para um pequeno grupo de jornalistas, e conta cinco detalhes verdadeiramente absurdos que ele terá:
Como já contamos, o Zeekr 001 deve ser lançado no Brasil em três versões (Básica, Premium e Flagship). A mais barata terá apenas um motor, traseiro, de 421 cv de potência e autonomia de cerca de 600 km no ciclo chinês CLTC. A aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 5,9 segundos neste caso.
Se esses números já empolgam, imagine o das versões mais caras, Premium e Flagship, que terão um motor elétrico adicional no eixo dianteiro, alcançando absurdos 789 cv e um 0 a 100 km/h oficial em meros 3,2 s, com alcance estimado em 500 km no mesmo padrão chinês de medição.
Como comparação, um Taycan Turbo S tem 761 cv, embora ainda consiga chegar mais rapidamente a uma velocidade de três dígitos: em e 2,8 s.
Tentar encontrar um botão físico no painel, nas portas ou no console central do Zeekr 001 é tarefa hercúlea. Quase todos (todos mesmo) os comandos do veículo são gerenciados pela central multimídia gigante de 15,6 polegadas. É o mesmo tamanho de tela dos BYD mais caros, porém sem o recurso giratório.
O sistema ainda estava configurado em inglês, mas funcionou muito bem em nosso contato, com respostas rápidas e interface muito intuitiva. Ainda assim, surpreende que até funções como a de baixar e subir os vidros ou o ajuste dos retrovisores externos fiquem concentradas ali. Isso pode incomodar em um primeiro momento.
É aí que ganha importância outro elemento impressionante do Zeekr 001: seu comando de voz. Ele ainda estava em inglês, mas entendeu muito bem todas as minhas falas – e eu nem tenho lá o inglês mais perfeito do mundo. Mais do que isso, o veículo detecta de qual ponto da cabine vem o pedido.
Com isso, consegue abrir o vidro, regular a temperatura do ar-condicionado ou canalizar o som do sistema Yamaha (com 14 alto-falantes) de maneira dedicada para a pessoa que está pedindo. Esperamos que a operação em português seja tão boa quanto, pois o comando de voz será um aliado de quem não quer ter que mexer na central multimídia toda vez que precisar regular algum item fortuito do carro.
Os contestados comandos touch, que chegaram a ser banidos pela Volkswagen em alguns mercados, marcam presença nos raios laterais do volante do Zeekr 001. Isso porque eles não são dedicados a um componente específico. Na verdade, servem para qualquer função selecionada no sistema multimídia.
Por exemplo, se o condutor precisar ajustar os retrovisores, acionará este item na central. A partir disso, uma projeção no head-up display indicará quais comandos das telas touch do volante usar para fazer o ajuste específico. Parece confuso (e é), mas pelo menos a sensibilidade do sistema em si é boa.
São nove, no total. Duas em cada retrovisor externo, duas nos para-lamas dianteiros, uma na grade dianteira e duas traseiras. Elas permitem um arcabouço de imagens de todos os ângulos do veículo na central multimídia, além da clássica projeção em 360 graus, que pode ser com o veículo à mostra ou “invisível”.
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Fonte: direitonews