Para museólogo, museu pode ajudar a combater o preconceito contra nordestinos


O programa “Estúdio Alesp” conversou, nesta quarta-feira (18), com o museólogo João Pedro Rodrigues sobre a importância de um museu para falar sobre a história e cultura do povo nordestino.

O Projeto de Lei 533/2022, de autoria dos deputados Adriana Borgo e Gil Diniz, autoriza o Poder Executivo a criar o Museu Estadual de Cultura e das Tradições Nordestinas, com o objetivo de levar a história, a música e a tradição, para que os nordestinos e seus descendentes possam resgatar a cultura da região. A medida foi aprovada em dezembro de 2022 e aguarda a sanção ou veto do governador.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 5 milhões de migrantes nordestinos chegaram ao Estado de São Paulo desde o início da migração, que ocorreu na segunda metade do século XX, durante o processo de industrialização paulista.

Rodrigues falou que a expectativa é a de que o museu ajude a mostrar a jornada dessa população e como ela contribuiu para o desenvolvimento, a cultura e a história no Estado. “É importante pensar que museus são políticas públicas que colaboram através de memória, preservação, salvaguarda e comunicação, de um jeito diferente, mais simples, mais popular”, disse.

Ele disse ainda que essa é uma oportunidade de mostrar as especificidades da região, que conta com nove estados. “Existem vários nordestes dentro do Nordeste. Existe Bahia, Pernambuco, existem várias cidades na Bahia que têm características diferentes, por exemplo”, explicou. E, de acordo com João, esse conhecimento pode ajudar a combater preconceitos.

Além disso, o museólogo disse que essa é uma oportunidade de empregar nordestinos. “A gente espera que nordestinos ou pessoas que vêm do Nordeste trabalhem nesse museu e que possam falar com pouco mais de propriedade”, afirmou.

Para conferir a entrevista na íntegra, acesse o canal da Rede Alesp no Youtube.

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