Marcado por comoção e homenagens, o velório do cantor e compositor Germano Mathias ocorre no Hall Monumental da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nesta quinta-feira (23), até as 14h, com visitação aberta ao público.
O enterro é no Cemitério Vila Formosa, na Avenida Flor de Vila Formosa, s/n, às 15h.
Paulistano falecido aos 88 anos de idade, Germano Mathias é um cantor e compositor que se tornou um dos expoentes do samba paulistano e um dos mestres do samba sincopado, que, atualmente, não é mais produzido.
O Adeus
Para o neto do artista, Bruno Cherubim, o falecimento de Germano Mathias foi uma perda muito grande não só para a família, os fãs e os amigos, mas também para a música. “Meu avô foi um dos últimos sambistas do estado de São Paulo, que contribuiu para que o samba não morresse. Por isso, é uma perda lastimável”, declarou.
O amigo e fã, Caio Silveira Ramos, admira o trabalho de Germano desde sua infância e acompanhava suas apresentações nos programas de rádio e televisão. “Quando eu vim estudar em São Paulo, entrei em contato com ele [Germano], que gravou dois sambas meus. Como agradecimento, eu escrevi ‘Samba Explícito: As Vidas Desvairadas de Germano Mathias’, um livro autobiográfico intitulado “, pontuou.
Legado
O artista, que ficou conhecido por personificar a figura do malandro do bem, começou sua carreira em 1955. Dois anos depois, ganhou o Troféu Roquette Pinto de revelação masculina.
Seu repertório era repleto de sucessos como: “Minha Nega na Janela”, seu samba de estreia, “Lata de Graxa”, “Malandro de Araque”, “Seu cochilo” e “Malandro não vacila”, “Senhor Delegado” e “Guarde a Sandália Dela”.
Uma das marcas registradas de Germano era o modo como ele marcava o ritmo de um samba em latas de graxa na mão, usadas como instrumento de percussão: uma habilidade aprendida com os engraxates da Praça da Sé, com quem conviveu na década de 1950.
Na mesma época, Germano participou dos filmes nacionais “Quem Roubou Meu Samba” e “O Preço da Vitória”.
Fonte: al.sp.gov