Emendas parlamentares destinarão recursos par novo sistema de marcação de consultas no HSPM


Praticamente todos os serviços presados pela prefeitura de São Paulo podem, com um boa dose de paciência, ser solicitados por um único número de telefone, a Central 156. Atendendo desde a comunicação de buracos nas ruas, pedidos de poda de árvores e alertas sobre animais agressores em locais públicos, é até compreensível – mas não aceitável – que o tempo de espera por atendimento telefônico seja de vários minutos.

O que é absolutamente criminoso e aviltante é submeter os funcionários públicos municipais a esse mesmo canal de comunicação quando necessitam agendar consultas, exames e procedimentos médicos no Hospital do Servidor Público Municipal, serviço que é financiado pelos próprios trabalhadores com contribuição descontada em folha.

Para solucionar de vez esse problema, há anos alvo de inúmeras reclamações, o deputado estadual Carlos Giannazi, a deputada federal Luciene Cavalcante e o vereador Celso Giannazi (PSOL), todos servidores licenciados do município – concursados respectivamente nas carreiras de diretor de escola, supervisora de ensino e auditor fiscal -, decidiram destinar em conjunto verbas de emendas parlamentares em valor suficiente para que o HSPM possa instalar sua central de atendimento própria, resolvendo de vez o problema.

Os três parlamentares apresentaram a proposta em 14/3 à superintendente do hospital, Elizabete Michelete, que prontamente aceitou a oferta. “Em breve nós teremos um sistema próprio de marcação de consulta. Depender do 156 para ter acesso aos serviços de saúde é uma afronta aos direitos e à dignidade dos servidores”, opinou Carlos Giannazi.

Outras propostas

Além da central telefônica, outras propostas foram levadas à superintendente. Luciane Cavalcante tem um laço afetivo com o HSPM, pois foi lá onde ela e as irmãs nasceram e sempre se trataram, já que sua mãe também lecionava na rede municipal. “É um hospital de referência, um patrimônio, uma conquista dos servidores e servidoras públicas para cuidar de quem cuida da cidade”, exaltou.

Seguindo o mesmo raciocínio, Luciene propõe fortalecer os protocolos de atendimento da saúde da mulher, não só com a compra de equipamentos e reformas necessárias, mas com a implementação de propostas para aprimorar as políticas públicas de prevenção e acolhimento de situações de violência contra a mulher. “Quem presta esse atendimento são mulheres, na grande maioria. E essas mulheres também, muitas vezes, estão passando por situações de violência, seja psicológica, física ou sexual. Essa servidora também precisa receber cuidados. Ela precisa chegar aqui e ter um protocolo específico, envolvendo os médicos e profissionais da saúde de todas as áreas”, explicou.

O vereador Celso Giannazi também luta pela substituição do 156 no HSPM pela via legislativa. É dele o Projeto de Lei 350/2021, já aprovado em primeiro turno de votação, que obriga a prefeitura a trocar a forma de atendimento. “Essa Central 156 é uma vergonha. Servidor público merece respeito, merece dignidade, e nós vamos mudar isso, seja com o PL 350, seja com a destinação de verbas por meio dos nossos mandatos nas câmaras Municipal e Federal e na Assembleia Legislativa.”

Fonte: al.sp.gov

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