“Coloca em prática a questão a higidez dos seus resultados, porque hoje nenhum investidor coloca seu dinheiro em empresas que não têm o selo social, que não têm ESG. Essa ideia de que as empresas têm que manter a própria responsabilidade social é muito importante para a sociedade. Marcas que [usam trabalho escravo] acabam sendo objeto de reprimendas, de críticas, de boicotes pelos consumidores, o que me parece que é um caminho”, afirmou o professor da FGV.
“Não adianta ficar reclamando da corrupção, do trabalho escravo quando se consome produtos oriundos do crime e de suas diversas modalidades. Nossas relações não podem ser mais pautadas pela lei do mais esperto, e sim pela eticidade. O fator primordial do nosso país hoje é a questão ética. Ela é transversal na sociedade brasileira, pois pega do rico ao pobre. O país não vai dar uma virada se não tiver um novo comportamento ético. É não ser partícipe de situações como essa de descumprimento de normas de violação de direitos fundamentais das pessoas que fazem esses produtos. Pessoas que compram esses produtos são coniventes com essas práticas, nós não podemos aceitar isso e devemos reagir.”
“Mesmo em países onde, em princípio, o controle social seria maior e o patamar econômico de vida é mais elevado, também há casos de escravização. As vítimas predominam entre estrangeiros. Aqui no Brasil tivemos casos de escravização de estrangeiros chineses, congoleses e bolivianos. Neste caso, está ligado à migração por necessidade econômica ou por ameaça de guerra e perseguições políticas”, acrescentou.
Fonte: sputniknewsbrasil