Irã critica ‘ruído’ do Ocidente após falar do envio de drones à Rússia antes do conflito na Ucrânia


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Neste sábado (5), após o Irã anunciar que ofereceu drones à Rússia antes da operação militar especial na Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores iraniano condenou o “barulho” sobre o assunto feito pelo Ocidente dizendo que o envio está sendo mal interpretado, reporta a IRNA.

“Esse barulho feito por alguns países ocidentais de que o Irã forneceu mísseis e drones à Rússia para ajudar na guerra [operação] na Ucrânia – a parte do míssil está completamente errada. A parte dos drones é verdadeira e fornecemos à Rússia um pequeno número de drones meses antes da guerra [operação] na Ucrânia”, afirmou o chanceler iraniano Hossein Amir Abdollahian.

O chefe do MRE também informou que chegou a um acordo com seu colega ucraniano, Dmitry Kuleba, para que Kiev fornecesse a Teerã evidências do uso de drones iranianos por Moscou.
Entretanto, ressalto que as duas autoridades tiveram “um encontro em um país europeu há duas semanas, mas infelizmente a delegação ucraniana não veio fornecer os documentos [sobre os drones] em uma decisão de última hora”, relatou.
No fundo, Hossein Amirabdollahian, ministro das Relações Exteriores do Irã (à esquerda), falando com Bashar al-Assad, presidente da Síria, em Damasco, Síria, 2 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 03.07.2022

Ao mesmo tempo, Abdollahian acrescentou que se Kiev “comprometer-se a cumprir sua promessa”, as negociações sobre o assunto serão retomadas nos próximos dias, complementando que se Moscou usou drones iranianos no conflito, Teerã “não ficará indiferente a essa questão”.
“Nossa posição sobre a guerra [operação] na Ucrânia é que o conflito termine, que as partes negociem novamente e que os refugiados voltem para suas casas”, concluiu o ministro iraniano das Relações Exteriores.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores ucraniano, Oleg Nikolenko, reagiu a declaração de Abdollahian e disse que o chanceler estava espalhando “insinuações sobre uma suposta recusa do lado ucraniano” e acrescentou que “a Ucrânia é ensinada a confiar apenas em fatos”, segundo o Swissinfo.
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