Deus e o Diabo na Terra do Sol terá sessão na Mostra de Cinema de SP


A cópia restaurada de Deus e o Diabo na Terra do Sol ganhará uma sessão na 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A produção, restaurada em 4k pelo Metrópoles, com condução do produtor Lino Meireles e da cineasta Paloma Rocha, filha de Glauber Rocha — diretor do longa —, já passou pelo Festival de Cannes, na França; pelo Festival di Cinema Ritrovato, na Itália; e pela Cinemateca Brasileira de São Paulo.

A sessão está marcada para acontecer na próxima quinta-feira (27/10), às 18h, no CineSesc, localizado na Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César. Os ingressos começam a ser vendidos, de maneira on-line (compre aqui), no próximo domingo (23/10), e também estará disponível em meia-entrada (R$ 12), com 1,44 de taxa de conveniência. O valor cheio é de R$ 24 – com R$ 2,88 de taxa.

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Deus e o Diabo na Terra do Sol mescla influências literárias de Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Os Sertões, de Euclides da Cunha.

A trama conta a história do vaqueiro Manuel (Geraldo del Rey) e de sua esposa, Rosa (Yoná Magalhães), que fogem para o sertão depois que ele mata um coronel que tenta enganá-lo. No ermo brasileiro, violento e assolado pela seca, eles encontram duas figuras icônicas: Sebastião, que se diz divino, e Corisco, que se descreve como demoníaco. Amarrar seus destinos com essas figuras é, no entanto, uma decisão trágica, pois o mercenário Antonio das Mortes está em seu encalço.

Assista ao teaser:

Estreia em Cannes

Deus e o Diabo na Terra do Sol é o segundo longa da carreira de Glauber Rocha e considerado um marco do Cinema Novo – movimento cultural que impactou o audiovisual e a sociedade do Brasil. A estreia do filme, em 1964, ocorreu em Cannes, quando a produção foi exibida na mostra competitiva e recebeu indicação à Palma de Ouro.

O filme foi lançado nos cinemas do Brasil em julho do mesmo ano. O legado do diretor inclui longas-metragens, como Barravento (1962), Terra em Transe (1967), O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1969), O Leão de Sete Cabeças (1970), entre outros.

O projeto de restauração teve início em 2019 e foi finalizado em 2022, mais de 40 anos depois da morte do realizador baiano.

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