No discurso, Tarcísio afirmou que o Brasil vive sob uma “ditadura de um Poder sobre o outro” e declarou ainda que “não vamos aceitar que nenhum ditador diga o que temos que fazer”, sob gritos do público de “fora, Moraes”.
“Por que é que vocês estão gritando isso? Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país”, afirmou, ao sair em defesa do ex-presidente Bolsonaro e dizer que a tentativa de golpe de Estado em 2022 nunca existiu.
Em reação às declarações do governador paulista, o ministro Gilmar Mendes saiu em defesa do STF como “guardião da Constituição e do Estado de Direito” ao impedir retrocessos e preservar garantias fundamentais.
“No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento. Não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”, afirmou na rede social X.
‘Perigos do autoritarismo’
Sem citar diretamente o ex-presidente Bolsonaro, o ministro Gilmar Mendes exemplificou como um dos perigos do autoritarismo os milhões de mortos no Brasil ao longo da pandemia da Covid-19 diante da negligência das autoridades na época.
“Basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, acrescentou.
Por fim, o ministro do STF afirmou que o Brasil “não aguenta mais as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de usa história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo”.
“É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”.
Fonte: sputniknewsbrasil