Astrônomos revelam que ‘super-Terras’ podem ser bem mais comuns do que se imagina


Pesquisadores descobriram uma super-Terra incomum orbitando sua estrela a uma distância comparável à de Júpiter em relação ao Sol. Essa é uma região onde, até agora, só haviam sido detectados planetas muito maiores, como gigantes gasosos e de gelo.
Segundo o astrofísico do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, Weicheng Zang, essa super-Terra é maior que a Terra, mas menor que Netuno, e foi encontrada em uma região onde normalmente só eram identificados planetas centenas ou milhares de vezes mais massivos que o nosso. Isso levanta a possibilidade de que planetas menores também possam existir em órbitas mais distantes, contrariando o que se pensava até então.
No estudo, publicado na revista Science, a equipe combinou essa descoberta com dados de um levantamento maior de exoplanetas obtidos por microlentes gravitacionais, usando a rede KMTNet, composta por telescópios na Austrália, Chile e África do Sul. A análise revelou que esse tipo de planeta pode ser mais comum do que se imaginava, mesmo em órbitas longas.
© Foto / Westlake UniversityConcepção artística ilustra os resultados de um novo estudo que mediu as massas de muitos planetas em relação às estrelas que os hospedam, levando a novas informações sobre as populações de planetas na direção do bojo da Via Láctea

Concepção artística ilustra os resultados de um novo estudo que mediu as massas de muitos planetas em relação às estrelas que os hospedam, levando a novas informações sobre as populações de planetas na direção do bojo da Via Láctea - Sputnik Brasil, 1920, 05.05.2025

Concepção artística ilustra os resultados de um novo estudo que mediu as massas de muitos planetas em relação às estrelas que os hospedam, levando a novas informações sobre as populações de planetas na direção do bojo da Via Láctea
Ao estudar a relação entre massas de exoplanetas e suas estrelas hospedeiras, os cientistas conseguiram traçar um panorama mais amplo da distribuição planetária na galáxia. Isso sugere que super-Terras não estão restritas a órbitas curtas e próximas de suas estrelas, como se acreditava, mas também podem existir em regiões mais externas dos sistemas planetários.
Detectar planetas em órbitas distantes é mais difícil, mas os dados indicam que cerca de uma em cada três estrelas na Via Láctea pode abrigar uma super-Terra com órbita semelhante à de Júpiter. Isso reforça a ideia de que esses planetas são abundantes e que a diversidade planetária é maior do que se pensava.
Impressão artística mostra o quasar recordista J059-4351, o núcleo brilhante de uma galáxia distante que é alimentada por um buraco negro supermassivo - Sputnik Brasil, 1920, 28.04.2025

Esse levantamento é o maior do tipo já realizado, com três vezes mais exoplanetas do que estudos anteriores, incluindo muitos de tamanho menor. Ele mostra que a diversidade de planetas nas regiões externas dos sistemas planetários pode ser tão rica quanto nas regiões internas.
Os cientistas ressaltam que, embora o termo “super-Terra” se refira apenas à massa do planeta, e não à sua habitabilidade, estudos como este ajudam a entender melhor como os planetas se formam e se distribuem na galáxia. Eles também indicam que nosso Sistema Solar pode não ser o modelo mais comum entre os sistemas planetários da Via Láctea.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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