“Os estudos técnico-econômicos, realizados por especialistas independentes, de forma transparente e fundamentada, demonstram claramente que vai aumentar a carga tributária sobre moradia em todas as suas formas de atendimento —seja uma casa, apartamento, aluguel ou lote”, afirma nota assinada por 28 entidades imobiliárias, entre elas o Secovi-SP.
O Ministério da Fazenda disse em nota que “não haverá nenhum aumento relevante de custos em comparação à situação atual, e os imóveis populares serão menos tributados que os de alto padrão”, o que o setor imobiliário nega.
Segundo representantes das entidades, um redutor de 60% manteria a carga tributária atual sobre os imóveis, evitando assim a necessidade de aumento nos preços.
Para contratos de locação, o pedido é por um redutor ainda maior, de 80%. Se o redutor de 60% for mantido, conforme cálculos da CBIC, o aumento na tributação do aluguel poderá chegar a 136,22%.
Os signatários enfatizam que operações imobiliárias já são tributadas pelo ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e envolvem custos adicionais como outorgas onerosas e contrapartidas exigidas pelo poder público, os quais devem ser considerados na base de cálculo da CBS e do IBS.
As entidades analisam que a experiência internacional em tributação sobre o consumo indica que operações envolvendo bens imóveis (como construção, incorporação, venda e administração) devem ser tratadas com um regime específico de tributação.
O Governo Lula ainda diz que a reforma tributária “deverá aumentar muito a eficiência do setor de construção e incorporação, pois ao permitir a recuperação de créditos sobre os insumos vai permitir a adoção de métodos construtivos muito mais eficientes”.
“Esperamos evoluir com as tratativas junto ao Congresso Nacional e ao próprio governo para esclarecer os impactos das decisões políticas sobre o setor, na moradia e na geração de emprego”, afirmam as 26 entidades do ramo imobiliária em nota.
Fonte: gazetabrasil