O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou, nesta quarta-feira (12), mais uma venda de soja para a China. Foram 106 mil toneladas e todo o volume sendo da safra 2023/24. Este é o segundo anúncio desta semana – já que o primeiro se deu nesta terça (11) com 104 mil toneladas – e nos últimos dias somam três e o volume chega a 314 mil toneladas.
“São as maiores compras chinesas de uma safra antiga dos EUA desde junho de 2019, quando o Brasil teve uma leve queda na safra e nas exportações”, informou a Royal Rural. Ainda segundo a consultoria, essas compras mais frequentes da nação asiática no mercado americano se deram em função da desorganização que a MP 1227 – que propunha mudanças no PIS/Cofins – gerou no mercado brasileiro de soja.
A Medida Provisória foi devolvida ao Poder Executivo em uma decisão informada pelo presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no final do dia de ontem.
“A China estava pedindo ofertas na Argentina e no Golfo ontem, e hoje temos a confirmação de dois navios”, informou a equipe da Agrinvest Commodities, que complementa afirmando que os níveis que os EUA vêm negociando ainda acima do Brasil, porém, seguem garantindo algumas reservas.
“O Brasil ainda é o mais barato quando a finalidade é comercial (crushers). O Brasil vendeu quatro barcos ontem no Fob para julho e agosto”, conclui a Agrinvest.
O impacto do anúncio das vendas dos EUA para a China, no entanto, teve impacto limitado sobre as cotações da soja na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (12), já que o novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA será reportado hoje, às 13h, e o mercado se ajusta antes dos dados atualizados.
Perto de 11h10 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 0,75 e 4,50 pontos nos principais vencimentos, com o julho cotado a US$ 11,77 e o novembro – referência para a safra americana – a US$ 11,47 por bushel.
Fonte: noticiasagricolas