Até a próxima sexta-feira (26), data em que o rompimento completa exatos cinco anos, a Sputnik Brasil traz reportagens especiais sobre o desastre e a situação dos atingidos.
Como ficou o acordo da Vale?
Uso político dos recursos do acordo ajudou na reeleição?
Falta de transparência e participação popular
Toda a economia mineira foi prejudicada, diz governo
Vale diz que acordo foi realizado com representantes ‘legítimos’ dos atingidos
Governo de Minas Gerais
Anexo I.1 — Projetos de demandas das comunidades atingidas, com valor total de R$ 3 bilhões. Esta parte do acordo está sob gestão das instituições de Justiça e pretende atender as comunidades da região atingida com a implementação de projetos e programa de microcrédito.
Anexo I.2 — Programa de Transferência de Renda (PTR) à população atingida, com valor total de R$ 4,4 bilhões. Este programa é operacionalizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) sob gestão das instituições de Justiça. Atualmente, mais de 130 mil pessoas atingidas são atendidas com um valor mensal, que varia de 1 a 1/8 do salário mínimo, sendo o pagamento mensal médio de R$ 648. Mais detalhes no portal do PTR.
Anexo I.3 – Projetos para a bacia do Paraopeba, voltados para a implementação de ações que visam ao fortalecimento dos serviços públicos nos 25 municípios da bacia do Paraopeba. O valor total deste anexo é de R$ 2,5 bilhões, os quais foram divididos entre os 25 municípios, conforme critérios estipulados no próprio acordo. Atualmente, são quatro projetos concluídos e atestados pela auditoria e 90 em execução. Mais detalhes sobre as execuções destes projetos podem ser acessados no portal Pró-Brumadinho e no portal de auditoria independente da FGV.
Anexo I.4 – Projetos para o Brumadinho, também voltados para o fortalecimento dos serviços públicos. O valor total destinado a este anexo é de R$ 1,5 bilhão. Atualmente, são 20 projetos em execução e dois concluídos, atestados pela auditoria. Mais detalhes sobre as execuções destes projetos podem ser acessados no portal Pró-Brumadinho e no portal de auditoria independente da FGV.
O anexo II.1 é referente ao Programa de Recuperação Socioambiental. Nesta frente, está sendo elaborado o Plano de Reparação Socioambiental da bacia do Rio Paraopeba pela empresa Arcadis, contratada pela Vale S.A. O plano deve ser construído conforme os parâmetros ditados pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) e os demais órgãos competentes. O Programa de Reparação Socioambiental não tem teto, sendo a Vale responsável por reparar todos os danos constatados, decorrentes dos rompimentos ocorridos em fevereiro de 2019, objeto do acordo judicial firmado em 4 de fevereiro de 2021, e devolver o meio ambiente em condições de qualidade ambiental iguais ou melhores do que as anteriores ao rompimento.
Projetos de Compensação Socioambiental dos danos já conhecidos (Anexo II.2). Este anexo tem como principal ação a implementação de medidas de saneamento básico nos municípios atingidos. O recurso total destinado é de R$ 1,55 bilhão. Também estão sendo detalhadas iniciativas voltadas ao controle e à proteção da fauna doméstica nas regiões atingidas, bem como ações de construção de listas vermelhas da fauna e da flora para a identificação e proteção de espécies ameaçadas no estado de Minas Gerais e, por fim, um projeto que visa avançar na regularização fundiária do Parque da Serra do Rola Moça, em Brumadinho.
Projetos de Segurança Hídrica (Anexo II.3). Os projetos de segurança hídrica abrangem a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para essas medidas, que visam garantir o acesso à água de qualidade para a população ao longo de muitos anos, foram destinados pelo acordo R$ 2,05 bilhões. Os recursos serão executados por meio de um Acordo de Cooperação Técnica firmado no âmbito do Projeto Água & Sustentabilidade: Segurança Hídrica para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, anunciado em evento realizado na sede do Ministério Público de Minas Gerais, em 10 de novembro de 2023.
O Programa de Mobilidade conta atualmente com 35 obras em estradas concluídas e quatro em execução. O projeto do Rodoanel da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) está sendo desenvolvido, com contrato de concessão assinado em março de 2023 e que passou a ter eficácia a partir de junho de 2023. O valor do Acordo Judicial destinado ao projeto do Rodoanel é de R$3,072 bilhões, que representa menos de 10% do valor econômico total do Termo de Reparação. O projeto do Rodoanel busca tornar o transporte de pessoas e bens mais rápido, confortável e seguro na RMBH, contribuindo, dessa forma, para a melhoria da mobilidade dos municípios atingidos que compõem a região: Brumadinho, Betim, Esmeraldas, Florestal, Igarapé, Juatuba, Mateus Leme e São Joaquim de Bicas.
No Programa de Fortalecimento do Serviço Público, destacam-se os projetos de conclusão de obras dos hospitais regionais de Teófilo Otoni, Divinópolis, Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete; projetos para fortalecer as forças de segurança, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Além disso, os 853 municípios de Minas receberam recursos para obras estruturantes, entre outras ações.
Vale
Fonte: sputniknewsbrasil