Nicolás Maduro presta condolências à Guiana por vítimas de queda de avião que matou 5 pessoas


Na quinta-feira (7), um helicóptero do Exército da Guiana perdeu contato a cerca de 48 quilômetros da fronteira com o território venezuelano.
“Infelizmente, houve um acidente de helicóptero, você viu? Imediatamente a mídia da Guiana me acusou de ter derrubado aquele helicóptero, aí o chefe das forças militares de lá saiu e disse que tinha sido um acidente […] Transmito minhas condolências ao povo da Guiana e às Forças Militares“, disse o presidente, conforme divulgou o rede estatal Venezolana de Televisión.
Sete membros das Forças de Defesa da Guiana viajavam na aeronave, cinco deles morreram e dois foram resgatados com vida.

O que está acontecendo entre Venezuela e Guiana?

Uma das motivações pelas quais ligaram, inicialmente e sem quaisquer provas, o governo venezuelano ao incidente, se dá devido à disputa com o país vizinho pelo território de Essequibo.
Maduro garantiu que, durante anos, seu país insistiu em encontrar uma solução baseada no diálogo direto com a Guiana, mas a nação vizinha decidiu ignorar o acordo de Genebra de 1966 e começou a distribuir parte do território de Essequibo.

“Há anos buscamos o diálogo direto com a Guiana e eles chutaram o acordo de Genebra e começaram a dividir nossos mares e o mar a ser delimitado, ameaçaram colocar uma base militar do Comando Sul lá na Guiana Essequiba.”

O chefe de Estado garantiu que “mais cedo ou mais tarde” a Guiana e a empresa americana ExxonMobil terão de voltar ao caminho do diálogo com o seu país.
Maduro fez tais declarações no contexto da marcha pelo Dia da Lealdade e apoio ao Plano de Ação em defesa de Essequibo, que aconteceu em Caracas.
Na atividade, o presidente assinou seis decretos com o objetivo de avançar no plano de recuperação do território, e pediu apoio das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) e dos venezuelanos para cumprir a agenda estabelecida para esse fim.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dicursa durante evento da Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2023

As tensões entre Caracas e Georgetown aumentaram depois de a Guiana ter recebido ofertas de várias multinacionais petrolíferas, incluindo a americana ExxonMobil, a francesa Total Energies e a chinesa Cnooc, para oito dos 14 blocos petrolíferos que foram a concurso em dezembro de 2022.
A Venezuela considerou a medida uma conspiração para retirar os seus direitos sobre o território e convocou um referendo consultivo no qual os cidadãos expressarem a sua opinião sobre a disputa.
Por seu lado, Georgetown pediu ao Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) que suspendesse esta consulta popular.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião privada com o presidente da República bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, 29 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 08.12.2023

Em 1º de dezembro, a CIJ pediu às partes que se abstivessem de qualquer ação que pudesse “agravar ou ampliar a disputa”.
No entanto, a Venezuela realizou um referendo consultivo em 3 de dezembro que obteve 10,5 milhões de votos favoráveis.
Dois dias depois, Maduro pediu ao parlamento que aprovasse a criação da Guiana Essequiba como o 24º estado da Venezuela e anunciou nove ações em relação a este território, incluindo a criação de um alto comissariado nacional, a formação de uma zona de defesa abrangente, a concessão de licenças de operação para exploração de petróleo, gás e minas e divulgação do novo mapa do país com a inclusão do território de Essequibo.

Fonte: sputniknewsbrasil

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