Chanceler português: ‘Sem garantias de segurança, a admissão da Ucrânia na UE é difícil de alcançar’


Segundo ele, a questão das garantias de segurança está sendo discutida ativamente na OTAN, mas a UE também desempenha um papel importante, embora não tenha as mesmas capacidades da aliança.

“Isto deve-se ao facto de esta questão estar relacionada com o alargamento da União Europeia. Sem garantias de segurança, a admissão da Ucrânia é difícil de alcançar“, disse o político.

Sobre a pergunta do jornalista se ele apoia a ideia do ingresso da Ucrânia na OTAN, Cravinho especificou que considera isso impossível enquanto o conflito continuar.

“O artigo 5º [ do tratado da OTAN ] é a garantia de segurança mais forte que existe. Enquanto houver hostilidades, no entanto, não é possível acolher a Ucrânia. Na cúpula de 2008, não havia maioria a favor da adesão, e Portugal também era contra”, disse ele.

Ele acrescentou ainda que, se Kiev falhar, a arquitetura de segurança europeia se tornará vulnerável.
Por sua vez, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky disse que Kiev espera receber um convite claro para aderir à OTAN na reunião de julho em Vilnius, na Lituânia.
Anteriormente, a primeira-ministra estoniana, Kaja Kallas, prometeu durante uma coletiva de imprensa conjunta com Jens Stoltenberg uma “surpresa” para a Ucrânia na cúpula em Vilnius quanto à questão de sua entrada na OTAN.
No final de maio, o chanceler russo Sergei Lavrov advertiu durante o discurso no XI Encontro Internacional de altos representantes encarregados de questões de segurança que os países da OTAN estão envolvidos no conflito ucraniano e essa linha irresponsável aumenta a ameaça de um confronto militar direto entre potências nucleares.
Caças F-16 da Força Aérea dos EUA voam durante celebrações do 100º aniversário do primeiro sobrevoo do Atlântico do Sul, junto do rio Tejo, Lisboa, Portugal, 3 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 22.05.2023

Fonte: sputniknewsbrasil

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