Nesta sexta-feira (30), ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votam no quarto dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao abrir a sessão, a ministra Cármen Lúcia afirmou que vai acompanhar o relator e vota para condenar o ex-presidente e absolver o ex-ministro da Defesa e posteriormente assessor de Bolsonaro, Braga Netto.
Segundo a ministra,é possível haver críticas ao Judiciário, mas não pode um servidor público, em um espaço público, fazer “achaques” contra ministros, como se não estivesse atingindo a própria instituição. “Não há democracia sem Poder Judiciário independente”, afirmou.
Ainda faltam os votos do ministro Alexandre de Moraes e Nunes Marques, entretanto, mesmo que os magistrados votem pela não condenação, o placar já indica a inelegibilidade do ex-presidente com o resultado atual.
Anteriormente, o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, já havia votado pela condenação junto aos ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. O único magistrado a votar a favor do ex-chefe de Estado foi Raul Araújo.
De acordo com as previsões, o placar deve ficar 5×2, visto que Moraes provavelmente votará pela inelegibilidade e Nunes Marques contra, dizem as estimativas de especialistas.
Bolsonaro responde por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. Os ministros analisam se o ex-presidente cometeu abuso de poder político no discurso a embaixadores em julho do ano passado, quando os convidou para falar sobre o sistema eleitoral brasileiro e contestou o uso das urnas eletrônicas no país sem apresentar provas.
A defesa do ex-presidente já havia manifestado que recorreria ao próprio TSE ou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em uma eventual condenação.
Fonte: sputniknewsbrasil