F1: Vowles afirma que Williams não pode tirar funcionários da Mercedes


O chefe da equipe Williams, James Vowles, confirmou que sua saída da Mercedes não pode servir para abrir as portas para outros funcionários da equipe alemã seguirem o mesmo caminho.

A saída de Jost Capito do cargo de chefe da equipe Williams (e também CEO) no final de 2022, desencadeou uma sequência de mudanças na Fórmula 1, e a Williams fez sua jogada garantindo os serviços de James Vowles, que deixou sua posição como estrategista-chefe da Mercedes, para se tornar um chefe de equipe pela primeira vez em sua carreira na categoria.

Normalmente, o pessoal-chave que muda de equipe como neste caso, estaria sujeito a um período de ‘licença de jardinagem’ (período em que um funcionário não pode começar a trabalhar em outra equipe), embora a Mercedes não tenha imposto isso a seu ex-funcionário, Vowles, permitindo que ele fizesse uma mudança rápida para a Williams.

Para uma equipe como a Williams, que pretende subir no grid da F1, buscando reviver seus dias de glória, a perspectiva da chegada de Vowles foi muito tentadora.

Questionado pela Auto Motor und Sport, se ele provavelmente não tem permissão para ‘roubar’ funcionários da Mercedes, Vowles respondeu: “Isso está correto. Mas esse não é apenas o caso entre a Mercedes e eu.”

“Quem sai de uma equipe não pode simplesmente levar pessoas consigo. Em minhas circunstâncias particulares, conheço algumas pessoas muito inteligentes de outras organizações com as quais estou em contato”, disse ele.

A Mercedes, no entanto, é uma das equipes que viu vários membros importantes saírem nos últimos anos, Vowles juntou-se a nomes como Aldo Costa, estatisticamente o designer e engenheiro de maior sucesso na história da F1, além de figuras como Andy Cowell, o ex-chefe da divisão de motores da equipe alemã.

Mencionado que algumas equipes de ponta perderam funcionários porque não podiam oferecer salários mais altos, Vowles respondeu: “Eles fizeram isso, e esperamos que alguns deles encontrem o caminho até nós.”

Não é o caso da Williams ter falta de pessoal, com a equipe tendo cerca de 800 pessoas compondo sua força de trabalho no momento.

Então, Vowles foi questionado se esse número é muito alto, com um número menor potencialmente abrindo espaço para algumas aquisições importantes de pessoal.

Vowles argumentou que depende de quão efetivamente essa equipe está trabalhando nessa era de limite de custos da Fórmula 1, embora nessa frente, ele tenha sugerido que a Williams talvez não tenha sido tão eficiente quanto deveria.

“Depende do que as 800 pessoas estão fazendo e da eficiência com que trabalham dentro do limite orçamentário”, disse Vowles. “É disso que se trata, eficiência.”

“Não acho que fomos particularmente inteligentes ao calcular o limite de custo. Estamos no processo de mudar isso. O número de funcionários recai sobre isso. Respondendo à sua pergunta, existem diferentes modelos. Mas se você olhar para as equipes de ponta, Red Bull, Mercedes e Ferrari, elas empregam muitas pessoas inteligentes. É por isso que você se esforça”, acrescentou.

Portanto, como Vowles não pode levar pessoas da Mercedes com ele para a Williams, foi prguntado qual item ele teria trazido para a Williams de sua ex-equipe, se tivesse permissão.

“Existe uma cultura dentro da Mercedes, de que o que você fez ontem ou hoje não será bom o suficiente amanhã. Você precisa se adaptar constantemente para mudar e evoluir, e fazer isso com métodos transparentes. Eu gostaria de trazer este pedaço de cultura para a Williams”, disse Vowles.

“Mas você precisa se colocar no lugar da Williams. Essa equipe estava em modo de sobrevivência há anos. Você não se preocupa com o que vai acontecer em 12, 18 ou 24 meses. Você pensa sobre o que você tem que fazer amanhã para passar o dia. A equipe estava nesse ponto, não só por culpa própria, mas por falta de investimento e outras coisas”, acrescentou.

“E essa cultura que acabei de descrever, mudar tudo, adaptar, melhorar e seguir em frente. Essa é uma cultura incrivelmente poderosa porque, de repente, você para de pensar no amanhã e, em vez disso, se concentra no que precisa fazer para melhorar em 12 ou 24 meses. Ou você não se preocupa mais com a sobrevivência, mas com a evolução”, finalizou o chefe da Williams.

Fonte: f1mania

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