Mídia: estão surgindo divisões na aliança ocidental, será difícil manter a unidade em 2023


Os EUA e seus aliados estão tendo fortes desacordos sobre como seguir apoiando Kiev, escreveu na segunda-feira (23) o jornal britânico Financial Times.
“Este ano, será consideravelmente mais difícil manter a unidade das democracias desenvolvidas. A liderança ativa e engajada dos EUA tem sido crucial para a resposta do mundo democrático à parceria Rússia-China. Mas graves tensões estão surgindo entre Washington e seus aliados”, escreve o colunista Gideon Rachman, após elogiar a postura dos países ocidentais em 2022.
Ele ressalta que existem “discordâncias abertas” na aliança dos países ocidentais em relação à futura assistência militar à Ucrânia, diferenças que ficaram “plenamente expostas” na reunião de sexta-feira (20) da OTAN na base de Ramstein, Alemanha, quando a última “resistiu à forte pressão” sobre a possibilidade de transferir tanques Leopard para Kiev.
O autor do artigo rejeita que se trate simplesmente de um “isolamento da Alemanha”, e identificou um grupo de países “falcões” na questão da Ucrânia, listando a Polônia, os Estados do norte da Europa e do Báltico, e também o Reino Unido, que insistem em uma rápida transferência de armas mais avançadas para Kiev. Quanto aos EUA, acredita Rachman, ele estão no meio entre estes países e uma Alemanha “extremamente cautelosa”.
Além disso, o autor aponta para a dimensão econômica das contradições entre os EUA e a Europa, com muitos na UE acusando Washington de protecionismo relativamente a ele subsidiar indústrias verdes e fabricantes de veículos elétricos. Rahman também vê uma preocupação crescente de que os EUA, aproveitando suas vantagens de energia barata, terra, tecnologia e uma moeda de reserva, estejam “passando à frente da Europa” economicamente, e que o conflito na Ucrânia esteja acelerando esse processo.
Abordando a China, o colunista escreve que a linguagem e as atitudes “confrontacionais” em relação a Pequim se tornaram “comuns” na política dos EUA, enquanto que a maioria dos governos europeus e asiáticos adotam uma abordagem mais cautelosa.

Fonte: sputniknewsbrasil

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