Atestado de superação em relação ao período pré-pandêmico (que acusou expansão de 0,6%), as vendas nos shoppings centers apresentaram alta de 15,2% em janeiro deste ano, ante igual período de 2022, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), com base em dados do Monitoramento de Mercado Abrasce – Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce),segundo os quais, no primeiro mês de 2023, o tíquete médio de vendas nos estabelecimentos atingiu R$ 119,68, enquanto o valor médio das lojas de rua chegou a R$ 86,39.
Tais valores, de acordo com a associação, todavia, são influenciados por ‘um cenário macroeconômico’ pressionado pela alta da taxa Selic (hoje em 13,75% ao ano), que restringe o mercado de crédito e dificulta o consumo pelas famílias.
Por regiões, às que se destacaram, acima da média nacional, em janeiro último, no comparativo anual, foram, em ordem decrescente, o Centro-Oeste (18,2%) e Nordeste (17,2%), vindo em seguida Sudeste (14,8%), Sul (14%) e Norte (6,5%).
O maior afluxo de consumidores aos estabelecimentos comerciais é apontado pela associação como um dos fatores para o avanço das vendas no setor. Segundo dados do IPEC e Mais Fluxo, houve expansão de 19,3% em janeiro, ante igual mês de 2022, o que representa a maior taxa mensal, desde julho do ano passado.
Em nota, o presidente da Abrasce, Glauco Humai observa que o setor vem registrando ‘recuperação consistente’ das perdas sofridas durante o ciclo pandêmico, ao comentar que o crescimento das vendas decorre, sobretudo, da ‘normalização da atividade econômica’, o que abriu margem para a ampliação do mercado de trabalho, tendo em vista a “maior mobilidade de pessoas e incremento de vendas nos empreendimentos”.
“Fechamos 2022 com ótimos resultados e iniciamos este ano com uma boa performance. Estimamos alcançar um crescimento nas vendas de 14,6% ao longo de 2023. O aumento no fluxo de visitantes nos shoppings é um sinal positivo para o começo do ano”, assinala o dirigente da entidade.
Fonte: capitalist
