Em outubro de 2021, o mercado brasileiro se despediu de um dos modelos recentes mais icônicos da Volkswagen, o Fox. O hatch “altinho” sempre se destacou por uma série de diferenciais, como uma carroceria compacta, mas com bom espaço interno, algo inovador para o segmento.
Lançado em 2003, o Fox nunca mudou de geração, mas teve três fases, sendo a última, a de maior destaque, disponível nas linhas 2015 a 2022.
O Fox nos deu adeus justamente para abrir mais espaço para o atual modelo mais bem posicionado da marca, o T-Cross, que ficou com o protagonismo na linha de produção em São José dos Pinhais (PR).
Quando apresentado em 2014, como linha 2015, o veículo chegou com a proposta de ter visual inspirado no Golf. Além disso, o carro também passou a ter controles de tração e estabilidade, itens de segurança que equipavam apenas modelos mais caros da época. Hoje os recursos são obrigatórios em carros novos.
Sob o capô, a terceira geração também foi responsável por disponibilizar a opção do motor 1.6 de 120 cv de potência. Outro ponto de destaque foi a troca de direção de hidráulica para elétrica, que passou a ser de série em todas as versões.
Um modelo inovador desenvolvido no Brasil, e por brasileiros, o Fox inaugurou no País o conceito “Design Around the Passengers” (desenvolvido ao redor dos passageiros), proporcionando o melhor espaço interno, conforto e funcionalidade.
Desde seu lançamento, o hatch já trazia dois motores total flex. Aliás, foi o primeiro modelo no mercado nacional a ter motor 1.0 Total Flex.
O Fox modificou conceitos estabelecidos e introduziu no país a arquitetura de teto alto, que privilegia a altura elevada em relação aos outros veículos, proporcionando melhor visibilidade e maior espaço interno. Outros diferenciais do hatch eram a ergonomia e a funcionalidade de seu interior.
Durante a terceira versão do Volkswagen Fox, o modelo esteve disponível em quatro motorizações distintas.
A primeira é a configuração 1.0 ainda da família EA111, que rende 76 cv de potência e torque máximo de 10,6 kgfm. No entanto, ela é encontrada apenas nas versões mais básicas, a Trendline e a Comfortline.
O consumo fica devendo. Na cidade, as marcas são de 7,5 km/l com etanol e 11,1 km/l com gasolina. Na estrada, com os mesmos combustíveis, as médias são de 8,8 km/l e 12,7 km/l.
Porém, ainda em 2016, ele foi substituído pelo motor 1.0 de três cilindros da família EA211. Assim, a potência subiu para 82 cv. Já o torque caiu para 10,4 kgfm. De início, ela só estava disponível na versão BlueMotion, em seguida assumiu o protagonismo nas demais versões.
Em ambos os casos o câmbio é sempre manual de cinco marchas. Com o novo motor, o Fox ficou mais econômico: 8,8 km/l e 12,7 km/l na cidade e 9,9 km/l e 14,4 km/l na estrada, sempre considerando etanol e gasolina, respectivamente.
Outros dois motores 1.6 foram oferecidos no Fox entre 2014 e 2021. Nesse caso, o câmbio pode ser manual de 5 ou 6 marchas ou automatizado de 5.
Nesse caso, o Fox G3 podia ser encontrado com o conjunto motriz EA111, de 104 cv de potência e 15,6 kgfm de torque. Também é possível encontrar o hatch com o motor 1.6 da família EA211, que rende 120 cv de potência e 16,8 kgfm de torque.
Dando um salto no tempo, em 2017 a marca apresentou ao mercado o Fox Connect e Fox Xtreme, com um apelo mais jovial e focado na conectividade que o consumidor já exigia.
A versão que foi apresentada inicialmente no extinto Up! conta com diferenciais visuais, como faróis dianteiros com friso cromado, grade dianteira em preto brilhante, rodas de liga leve 15” com design “Sato”, adesivo lateral com a inscrição “Connect”, faróis de neblina e lanterna traseira escurecida.
Para-choques, frisos laterais, capas de retrovisores e maçanetas são pintados com a mesma cor da carroceria.
Em relação aos itens de conforto e conectividade o modelo conta com ar-condicionado, direção elétrica, coluna de direção com ajustes de altura e profundidade, vidros com acionamento elétrico nas quatro portas, travamento central, chave canivete com controle remoto e retrovisores externos com ajuste elétrico e tecnologia tilt down, que auxiliam em manobras de estacionamento.
Além disso a versão ainda conta com sensor de estacionamento traseiro, controlador de velocidade, volante multifuncional e sistema de infotainment Composition Touch – de tela colorida sensível ao toque de 6,5” e capaz de realizar o espelhamento da tela do celular com os sistemas MirrorLink, Apple CarPlay e Google Android Auto – também são itens de série.
Sobre a motorização o Fox Connect e o Fox Xtreme são dotados com o motor 1.6 MSI de até 104 cv.
Nesse caso o consumo urbano é de 7,7 km/l com etanol e 11,3 km/l com gasolina. Na estrada, as marcas são de 9,2 km/l e 13,3 km/l, respectivamente.
A versão Connect pode ser equipada com câmbio manual ou com transmissão automatizada I-Motion, ambos de 5 marchas.
Já o Fox Xtreme, para contar com o apelo mais aventureiro, está disponível exclusivamente com o câmbio manual de cinco marchas.
Indo mais para frente, ainda em 2021, as últimas versões disponíveis do modelo, a Connect e a Xtreme, passaram a contar com mais itens de segurança.
As novidades da linha eram a inserção de itens de série como cintos de três pontos e apoios de cabeça para todos os cinco ocupantes.
Além disso, o modelo passou a contar com os sistemas de ISOFIX e Top Tether, para fixação de cadeirinhas infantis.
Linha 2015
Linha 2016
Linha 2017
Linha 2018
Linha 2019
Linha 2020
Linha 2021
Linha 2022
O Fox pode ser o modelo ideal para quem deseja um hatch, porém, não quer abrir mão do conforto e espaço interno.
Além disso, ele consegue ser um modelo bem atual tanto no visual, quanto nos itens de série, com foco principal nas linhas mais recentes.
Infelizmente, mesmo as versões mais caras e completas não receberam transmissão automática. Nesse caso, o interessado deverá se contentar com a caixa automatizada i-Motion, com funcionamento impreciso.
Outro ponto que necessita de alerta é que assim como demais modelos da marca, o Fox foi convocado para recall dos airbags frontais que podem conter uma falha no gerador de gás. O chamado inclui modelos fabricados em 2014 de linha 2015.
Se você se interessou pelo hatch altinho, saiba que fará uma boa compra. Até as linhas mais antigas podem entregar um bom nível de equipamento e espaço interno digno, sendo vantajoso até mesmo em relação aos carros 0 km mais baratos da atualidade.
Se for optar por um modelo 1.0, o indicado é optar pelas versões já dotadas do motor da família EA211, que além de entregar mais potência, gera mais economia em termos de combustível em relação ao 1.0 EA111.
Além disso, se você deseja um carro mais completo e para uso familiar, principalmente em termos de segurança para crianças, as versões da linha 2021 são as mais indicadas, principalmente a Connect, que acaba sendo um pouco mais acessível.
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Fonte: direitonews
