Veterinário acusado de matar esposa na frente da filha é solto por decisão judicial; família da vítima se revolta


Conteúdo/ODOC – O médico veterinário Anderson Francisco Magalhães foi solto por decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, menos de um ano após ser preso por matar a esposa na frente da filha do casal.

A soltura, ocorrida por meio de um habeas corpus concedido pelo desembargador Orlando Perri, gerou revolta entre os familiares da vítima, Ana Paula dos Santos Pereira Magalhães, de 41 anos, e foi divulgada nesta quinta-feira (22) pelo programa Cadeia Neles.

Ana Paula foi assassinada em 2 de setembro de 2023, em Cotriguaçu, a cerca de 950 km de Cuiabá. De acordo com a investigação, ela foi atingida por um tiro na cabeça durante uma discussão com o marido. O crime teria sido motivado por ciúmes.

O caso, que corre em segredo de Justiça, veio à tona novamente após os familiares de Ana Paula denunciarem a soltura do acusado à imprensa. Leide de Oliveira, cunhada da vítima, expressou indignação em entrevista à TV Vila Real. “A família está muito revoltada. Como um homem denunciado por feminicídio está solto? Qual é a resposta que a justiça vai dar?”, questionou Leide.

O crime ocorreu na residência do casal, por volta das 15h50, em um sábado. Anderson teria ido até uma distribuidora logo após o ocorrido, onde relatou que havia atirado na esposa e pediu que acionassem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em seguida, ele fugiu em uma caminhonete.

Quando as equipes da Polícia Civil e Militar chegaram ao local, encontraram Ana Paula já sem vida no banheiro da casa. A filha do casal, de cinco anos, estava presente e presenciou o crime. Um revólver calibre 38, com quatro munições intactas e uma deflagrada, foi encontrado na mesa da sala.

Após o crime, Anderson se escondeu em uma fazenda na zona rural de Cotriguaçu, mas foi localizado pela polícia. Em sua defesa, o veterinário alegou que durante a discussão, Ana Paula teria apontado uma arma de fogo contra ele, o que teria levado a uma luta corporal. Ele afirmou que o disparo foi acidental, ocorrido durante essa suposta briga. Essa versão é utilizada por seu advogado para sustentar a tese de legítima defesa.

Fonte: odocumento

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