Terreno do Hospital Sorocabana é transferido do governo para o município por lei aprovada na Câmara


R$ 200 milhões serão investidos na reforma da unidade, com previsão de reabrir em dois anos

André Bueno | REDE CÂMARA SP

ANDREA GODOY
DA REDAÇÃO

Depois de ter sido aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de São Paulo no início do mês, o PL (Projeto de Lei) 186/2022, que transfere o terreno do Hospital Sorocabana, pertencente ao Governo do Estado, para a Prefeitura, foi sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) em cerimônia realizada nesta quinta-feira (25/5) no pátio do equipamento público. A sanção da Lei, assinada na presença de líderes comunitários, subprefeitos, secretários municipais e vereadores, foi fundamental para permitir os investimentos de reforma para reabrir a unidade hospitalar ao público.

“Quero cumprimentar os vereadores que votaram e aprovaram essa lei para podermos receber do Estado esse prédio e a gente poder caminhar. Vamos alocar R$ 200 milhões para a reforma e R$ 400 milhões por ano para manter o funcionamento do hospital”, declarou o prefeito.

O diretor de Relações de Governo da Associação Viva Leopoldina, Carlos Alexandre de Oliveira, considera que a sanção da lei foi “o passo mais importante para que o hospital seja reformado e ampliado, retomando o atendimento da população da Lapa”, pontuou afirmando que a transferência do imóvel foi “um marco histórico e desejo da população”.

Inaugurado em 1955, o Hospital Central Sorocabana, localizado na Rua Faustolo, 1633, Lapa, fechou as portas em 2010 por problemas financeiros e só reabriu parcialmente em 2020 para atender pacientes de Covid-19 na pandemia. Moradores do entorno, ativistas e líderes comunitários vinham se mobilizando pela reativação do hospital.

O líder do governo no Legislativo paulistano, vereador Fabio Riva (PSDB), ressaltou o esforço conjunto do Parlamento para devolver o serviço à população. “Vereadores de todos os partidos aprovaram a autorização para a Prefeitura receber do Estado o imóvel do Hospital Sorocabana. Este é um dia histórico para dar saúde de qualidade à população da cidade. Parabéns a toda comunidade que lutou para que esse momento se tornasse realidade”, comemorou.

O vereador Paulo Frange (PTB) informou que São Paulo conta atualmente com 30 hospitais do município, todos 100% SUS. “No caso do Sorocabana será realizada a maior obra da região, a reforma será na realidade uma reconstrução, pois como a inauguração é de 1955, então será necessário aplicar, à luz do século 21, todas as normas regulamentadoras que o Ministério da Saúde obriga ter para a segurança do paciente”, destacou.

Também foram à cerimônia de sanção da Lei as vereadoras Dra. Sandra Tadeu (UNIÃO), Cris Monteiro (NOVO) e os vereadores Rubinho Nunes (UNIÃO) , Beto do Social (PSDB), Eliseu Gabriel (PSB), Milton Ferreira (PODE) e Dr. Nunes Peixeiro (MDB).

A previsão para a reabertura do Hospital Sorocabana ao público após a reforma é de dois anos, de acordo com o secretário Municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco. Ele contou que há um projeto básico de adaptação do prédio às normas da RDC, resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para que estabelecimentos de assistência à saúde funcionem com segurança.

“Se você andar pelo prédio hoje verá enfermarias grandes com mais de cinco leitos cada uma e os banheiros no meio dos corredores. Nessa nova reforma a gente vai aproveitar só a estrutura de concreto do hospital, vai derrubar todas as paredes internas onde serão feitas enfermarias de dois leitos com um banheiro, como manda a RDC”, detalhou.

Ele também afirmou que o Hospital Sorocabana será um hospital geral de referência para a região. “Hoje nós temos aqui várias UBSs, CAPS, UPAs e AMAs e a gente precisa referenciar esses pacientes que entram no sistema de saúde e precisam de um hospital para poder seguir com o atendimento, seja cirúrgico, de internação de clínica médica, maternidade, pediátrico”, enumerou.

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