Tensão entre poderes trava projetos de interesse do governo no Congresso, diz mídia


A escalada de tensão na relação entre os três Poderes travou no Congresso a tramitação de projetos importantes para o governo federal.
Segundo noticiou o jornal Folha de S. Paulo, projetos como a reforma da previdência dos militares, limite aos supersalários – anunciados em 2024 como parte do pacote de corte de gastos -, punição a devedores contumazes e o novo marco das parcerias público-privadas (PPPs) e concessões tiveram as tramitações paralisadas na Câmara dos Deputados e no Senado nos últimos meses diante da rebelião de partidos da base e do acirramento na relação entre os poderes.
A reforma da previdência dos militares (PL 4920/2024) chegou à Câmara em dezembro e desde então está paralisada na casa. O projeto prevê idade mínima de 55 anos para reserva, com regra de transição até 2032, e fim de pensão a militares expulsos por condenações.
A reforma tributária sobre renda (PL 1.087/2025) prevê isenção para do imposto de renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil e criação de um imposto mínimo de 10% para pessoas com renda mensal acima de R$ 50 mil. O projeto aguarda aprovação do relatório do deputado Arthur Lira (PP-AP), o que é esperado para ocorrer até o dia 16 de julho, para que o projeto seja enviado ao plenário em agosto.
O projeto de lei da conformidade tributária e aduaneira (PL 15/2024), que visa valorizar o bom contribuinte e responsabilizar devedores contumazes e previa a punição a CNPJs criados para sonegar impostos e lavar dinheiro e que desequilibram a concorrência, acabou sendo abandonado pelo governo, que passou a apoiar o PLP 125/2022, apresentado pelo senador Efraim Filho (União Brasil-PB).
A medida se deu após um pacto firmado entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Congresso. O PLP 125/2022 prevê a reoneração de forma gradual da folha de pagamento entre 2025 e 2027. O projeto, no entanto, ainda não foi incluído na pauta do Senado.
O projeto para a modernização do regime de concessão e permissão de serviços públicos e de PPPs (PL 2892/2011) prevê a inclusão de mecanismos de apoio e contragarantias para otimizar os serviços relacionados a esses setores. O texto foi aprovado em maio pela Câmara e aguarda para ser enviado ao Senado.
Já o projeto da nova lei das falências (PL 3/24) concede mais poder a credores em recuperações judiciais e falências e cria a figura de gestor fiduciário para substituir o administrador judicial. O projeto foi aprovado pela Câmara, mas o texto ainda é alvo de impasse e não foi enviado ao Senado.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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