Agrotóxicos
Sistema de baixa pressão traz chuvas intensas e irregulares para a região Sul
A região Sul do Brasil está enfrentando um período de chuvas intensas, impulsionadas por um sistema de baixa pressão que se instalou na área. O meteorologista Gabriel Rodrigues, do Portal Agrolink, destaca que as condições climáticas nas últimas semanas têm sido marcadas por instabilidades reforçadas, afetando principalmente o noroeste do Rio Grande do Sul, o oeste de Santa Catarina e o sudoeste do Paraná. Essas regiões têm registrado altos volumes de chuva, com acumulados significativos que podem causar impactos no solo e nas lavouras.
Furacão Milton ameaça lavouras de laranja na Flórida
O Furacão Milton segue causando destruição ao avançar sobre o estado da Flórida, nos Estados Unidos, com ventos que já ultrapassam os 120 km/h. De acordo com o meteorologista Gabriel Rodrigues, do Portal Agrolink, o furacão é um dos eventos climáticos mais severos da temporada, trazendo uma série de preocupações para a agricultura local, em especial para as plantações de laranja, uma das culturas mais importantes da região. “Estamos falando de um sistema de baixa pressão de grande escala, que está gerando ventos extremamente fortes e tempestades violentas. O impacto nas lavouras de laranja pode ser devastador, mas só será possível mensurá-lo após a passagem completa do furacão”, alerta Rodrigues.
Centro-Oeste enfrenta chuvas irregulares, Sudeste deve ter temporais localizados
O Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil continuam sob influência de condições climáticas instáveis, mas com diferenças significativas na distribuição das chuvas. No Centro-Oeste, a irregularidade nos volumes de precipitação tem sido uma marca dos últimos dias, com algumas áreas registrando acumulados expressivos e outras praticamente secas. Em Goiás, por exemplo, a capital Goiânia recebeu até 50 mm de chuva nos últimos quatro dias, enquanto em Anápolis, cidade próxima, o acumulado não passou de 5,6 mm no mesmo período. Situações semelhantes foram observadas em Rondonópolis, no Mato Grosso, onde duas estações meteorológicas da cidade registraram diferenças de até 14 mm em um mesmo perímetro urbano.
Poucos negócios de soja reportados
Poucos negócios foram reportados no mercado da soja do Rio Grande do Sul, apesar de ainda haver bons preços aos produtores e comerciantes, segundo informações da TF Agroeconômica. No Porto, o valor foi de R$ 142,00 para entrega em outubro, com pagamento previsto para 30/10. No interior, os preços seguiram as referências de cada localidade: em Cruz Alta e Passo Fundo, R$ 135,00; em Ijuí, R$ 134,00; e em Santa Rosa/São Luiz, R$ 133,00, todos com pagamento em 30/10. Já os preços para o produtor, em Panambi, recuaram para R$ 121,00 por saca.
Milho sobe na B3, novamente
O clima continua preocupando e a alta expressiva do dólar faz com que a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) apresente altas para o milho, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O clima continua preocupando traders no centro-oeste, onde nos mapas climáticos de até 72 horas, se veem chuvas somente no sul do Goiás e sob uma faixa que liga o oeste do Paraná e praticamente toda Santa Catarina, excluindo totalmente o corredor do centro-oeste. Além disso, o mercado refletiu hoje altas expressivas do dólar, que fechou a R$ 5,588 na venda, +1,00% em relação ao dia de ontem”, comenta.
Ofertas disparam para o milho
No mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul, as ofertas dispararam para R$ 72,00 e compradores tentam rastrear lotes, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado lento. Nas indicações, manutenção: Santa Rosa a R$ 69,00; Não-Me-Toque a R$ 69,00; Marau e Gaurama R$ 70;00 Arroio do Meio, Lajeado e Frederico Westphalen a R$ 71,00 e Montenegro a R$ 72,00. Vendedores a partir de R$ 70,00 no FOB interior e R$ 72,00 CIF fábricas. Não ouvimos sobre negócios nesta quarta-feira”, comenta.
Prêmios de milho variam em Paranaguá
Os prêmios de exportação de milho em Paranaguá apresentaram variações, conforme a TF Agroeconômica. Para outubro, os prêmios de venda subiram para 127 (+4), enquanto as compras caíram para 110 (-1), com base Z4. Em novembro, as vendas recuaram para 130 (-5) e as compras para 115 (-7), ainda com base Z4.
Paraná: Disparidade de preços no trigo
Conforme informações da TF Agroeconômica, os primeiros negócios envolvendo trigo novo colhido no Rio Grande do Sul foram realizados a R$ 1.250,00 por tonelada FOB no interior do estado. O mercado para o trigo da safra velha permanece sem demanda significativa, uma vez que os moinhos estão bem abastecidos. No que diz respeito à safra nova já colhida, transações ocorreram de forma pontual, com vendedores buscando aproveitar os preços atuais, enquanto compradores estão em busca de trigo de melhor qualidade para reduzir custos na importação do produto argentino.
Desafios da produção de proteínas no Brasil
O crescimento da população global, que deve alcançar 9,7 bilhões em 25 anos, impõe uma pressão crescente sobre os sistemas alimentares, especialmente na produção de proteínas de origem animal, como o frango. Gisele Neri, gerente de produtos da Kemin, ressalta a urgência desse desafio, considerando a necessidade de recursos essenciais como saúde, comida e água para mais de 1,5 bilhão de pessoas a mais.
Paraná aumenta cultivo de feijão-preto
De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE), o estado do Paraná está experimentando um aumento significativo na área destinada ao cultivo de feijão-preto, que agora representa cerca de 80% da área total plantada para a primeira safra do próximo ano. A Secretaria da Agricultura do Estado do Paraná estima que a área plantada atinge aproximadamente 138,5 mil hectares, um crescimento de 29% em comparação com os 107,8 mil hectares plantados no ano passado.