Agrotóxicos

O furacão Milton, que passou pelos Estados Unidos em outubro, causou um impacto direto na produção de frutas cítricas na Flórida, segundo a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). A situação se agrava com a previsão de uma queda de mais de 16% na safra de laranja dos EUA, afetada também pelo avanço da doença conhecida como Greening.

O Brasil pode evitar a emissão de até 18 milhões de toneladas de gás carbônico ao substituir fertilizantes minerais por bioinsumos nas plantações de gramíneas, como milho e trigo. A conclusão foi apresentada pela pesquisadora Luana Nascimento, do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras, em um estudo desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI). O trabalho visa subsidiar novas políticas públicas para segurança alimentar e desenvolvimento sustentável.

Segundo levantamento realizado pelo Cepea, as exportações de arroz registraram um leve impulso ao longo da última semana, refletindo a expansão das vendas para outras microrregiões do Rio Grande do Sul, com destaque para a Fronteira Oeste e a Campanha. Esse movimento foi favorecido pela redução da oferta nas proximidades do porto de Rio Grande, onde os produtores optaram por postergar negociações, esperando melhores condições de mercado. Esse cenário contribui para a ampliação das rotas de escoamento, o que pode beneficiar a competitividade do produto gaúcho no exterior.

Realizado de 23 a 25 de outubro em Foz do Iguaçu (PR), o 31º Congresso Internacional da Indústria do Trigo reuniu mais de 600 representantes do setor, promovendo discussões sobre o desempenho global do mercado de trigo. O evento, com uma programação robusta que incluiu 12 palestras e um workshop, abordou temas cruciais, como “O Mercado do Trigo”, “Tecnologias e o Futuro do Trigo na Alimentação” e “Os Canais de Vendas dos Derivados do Trigo”. A presença de figuras importantes, como o Secretário Adjunto do MAPA, Allan Rogério de Alvarenga, e o Deputado Federal Luiz Carlos Hauly, destacou a relevância do encontro.

A colheita de feijão em São Paulo foi retomada sob condições climáticas favoráveis, influenciando o comportamento do mercado, que segue com tendência de baixa, segundo dados do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE). Essa movimentação reflete a postura cautelosa dos compradores, que estão retardando suas aquisições na expectativa de preços ainda mais baixos. Sem um fator novo que impulsione o mercado nesta semana, o cenário permanece estável e sem grandes alterações

As pragas que afetam as culturas de soja e milho no Brasil são um desafio crescente para os produtores, comprometendo a produtividade. Pedro Guedes, analista de desenvolvimento de mercado da Ballagro, explica em entrevista como essas lagartas podem ser identificadas, o impacto que causam e as soluções tecnológicas que despontam para combater a ameaça, como a adoção da tecnologia BT e o manejo biológico.

Segundo dados da TF Agroeconômica, o Rio Grande do Sul avançou no plantio de milho, com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) relatando 81% da área pretendida já semeada, superando os 76% da semana passada e os 79% do ano anterior. O clima estável permitiu que a semeadura progredisse especialmente no Planalto Superior e região Sul, mantendo a condição das lavouras em bom estado geral. 

Conforme reportado pela TF Agroeconômica, os contratos de milho na B3 fecharam em alta nesta terça-feira (29), impulsionados pelo aumento na Bolsa de Chicago (0,73%) e pela valorização do dólar (1,40%). A demanda interna, especialmente das indústrias de ração e etanol, continua sendo o principal fator de sustentação para os preços do cereal, mesmo diante da queda nas exportações. 

No mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul, os produtores seguem focados no plantio, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “R$ 141,50 para entrega em novembro, e pagamento 14/11, no Porto. No interior os preços seguiram o balizamento de cada praça. R$ 132,00 Cruz Alta – Pagamento em 14/11. R$ 132,00 Passo Fundo – Pagamento em 14/11. R$ 132,00 Ijuí – Pagamento em 14/11. R$ 133,00 Santa Rosa / São Luiz – Pagamento em 14/11. Preços de pedra, em Panambi, subiram para R$ 122,00 a saca, para o produtor”, comenta.

Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o dia em baixa, impactado pela retomada no plantio no Brasil e o avanço da colheita nos Estados Unidos. O contrato de soja para novembro de 2024, referência para a safra brasileira, caiu 0,90%, fechando a $965,25 por bushel. O contrato de janeiro de 2025 recuou 0,71%, cotado a $979,00 por bushel. O farelo de soja para dezembro também sofreu queda de 0,98%, enquanto o óleo de soja registrou leve alta de 0,26%, fechando a $42,80 por libra-peso.