O grupo faz parte do chamado “núcleo 2” do processo que investiga a tentativa de golpe, fazendo parte nomes como o do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Ao todo foram cinco votos favoráveis e nenhum contrário: os ministros Luiz Fux, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam o parecer do relator, o ministro Alexandre de Moraes.
Com a decisão, também se tornaram réus Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais de Bolsonaro; o ex-assessor Marcelo Câmara; o general da reserva Mário Fernandes; a ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça, Marília de Alencar; e o ex-diretor de operações da pasta, Fernando de Sousa Oliveira.
Os acusados passam a responder judicialmente por crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, deterioração do patrimônio tombado e dano qualificado por violência e grave ameaça.
Ex-presidente Bolsonaro se tornou réu no fim de março
Também por unanimidade, a Primeira Turma do STF tornou o ex-presidente Bolsonaro e outros sete aliados réus pela trama golpista no fim de março. Em sua argumentação na época, antes de anunciar a decisão, o ministro Alexandre de Moraes transmitiu um vídeo dos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro de 2023 e o chamou de “comprovação de materialidade dos delitos”.
Durante a exibição do vídeo, ele narrou os delitos citados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na denúncia e afirmou que as imagens mostram uma “tentativa de golpe de Estado violentíssimo”. Já o ministro Flávio Dino, durante seu voto, lembrou que o golpe de 1964 não matou pessoas no primeiro dia, quando ocorreu, em 1º de abril daquele ano, mas centenas nos anos seguintes.
Além de Bolsonaro, tornaram-se réus Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atualmente deputado federal; Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha do Brasil; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência; Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Fonte: sputniknewsbrasil