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Os astronautas estão presos no espaço após a falha da nave Starliner da Boeing durante seu voo tripulado inaugural em 5 de junho. A nave deveria ter retornado quase três meses depois sem tripulação, já que a NASA avaliou que as falhas se repetiam e não era seguro que voltasse com pessoas a bordo.
A já comprovada cápsula Dragon da SpaceX partiu esta tarde do Complexo 40 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, às 13h17 no horário local, marcando um marco ao se tornar a primeira missão tripulada a decolar dessa plataforma.
Seu principal objetivo é trazer de volta à Terra dois astronautas da cápsula Starliner da Boeing, que permanecem na estação orbital após problemas técnicos, como vazamentos de hélio e falha de propulsores, que impediram um retorno seguro. A chegada da Crew-9 da SpaceX à Estação Espacial Internacional (EEI) está prevista para a tarde de domingo, conforme confirmaram representantes da agência espacial americana.
As cápsulas Crew Dragon da SpaceX geralmente transportam quatro pessoas para o complexo orbital em missões desse tipo. Mas a Crew-9 deixou dois assentos vagos para que a Dragon pudesse trazer de volta os dois astronautas da NASA, que chegaram ao laboratório orbital em junho, na primeira missão tripulada da cápsula Starliner da Boeing. Por isso, apenas decolaram o comandante Nick Hague, da NASA, e o cosmonauta da agência espacial russa Roscosmos, Aleksandr Gorbunov.
Ken Bowersox, administrador associado da Diretoria de Missões de Operações Espaciais da NASA em Washington, explicou que a decisão de liberar os assentos foi “uma grande mudança” na tripulação da Crew-9 e acrescentou que a renúncia de dois astronautas às suas vagas foi “difícil de aceitar, mas necessária para priorizar a segurança dos tripulantes que ficaram na EEI”.
Durante a missão, Hague e Gorbunov permanecerão cerca de cinco meses na EEI, realizando pesquisas sobre coagulação sanguínea, os efeitos da umidade em plantas cultivadas no espaço, como a alface, e as mudanças na visão dos astronautas.
Dina Contella, gerente de integração de operações na NASA, explicou que o estudo sobre as mudanças na visão é de especial importância para a agência, pois busca determinar se a vitamina B pode prevenir ou mitigar os efeitos negativos nos olhos dos astronautas durante sua estadia no espaço.
Por outro lado, a NASA e a SpaceX implementaram melhorias no veículo Dragon para esta missão, incluindo a limpeza e repintura dos radiadores para que “irradiem calor para o espaço e tenham a capacidade adequada de absorção de radiação solar”. Além disso, foi incluído um sistema de propulsores superDraco, que seriam ativados caso todos os paraquedas falhassem durante o pouso na água, garantindo um retorno seguro para a tripulação.
Williams e Wilmore afirmaram não estarem decepcionados por passarem todo esse tempo extra no espaço. Ambos enfatizaram que a missão Starliner era um voo de teste, então era esperado que surgissem alguns problemas, e lidar com o inesperado é uma parte importante de ser um astronauta da NASA (assim como pilotos de teste da Marinha, que ambos eram antes de se tornarem astronautas).
Eles disseram que sentirão falta de suas famílias e amigos durante sua estadia prolongada na órbita, mas também destacaram os aspectos positivos. Williams, por exemplo, descreveu o espaço como seu “lugar feliz” e destacou os benefícios de retornar à Terra de uma maneira diferente.
Com essa missão, a NASA e a SpaceX buscam continuar suas operações conjuntas para fortalecer o programa espacial tripulado e avançar em seus estudos científicos no ambiente de microgravidade da EEI, aguardando o retorno da tripulação em fevereiro de 2025.
Fonte: gazetabrasil