Seminário discute futuro da energia solar na capital


André Bueno | REDE CÂMARA SP

HANNA BELTRÃO
DA REDAÇÃO

Fazendo parte da programação da Virada ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), o maior evento internacional em prol dos ODS da ONU (Organização das Nações Unidas) para 2030, a Câmara Municipal de São Paulo sediou, nesta sexta-feira (16/6), o seminário “O Futuro é Solar – Cidade de São Paulo”. Promovido pelo Instituto Envolverde, o evento reuniu pesquisadores, entidades representativas do setor e representantes do Poder Público debater os principais aspectos econômicos, sociais e ambientais da transição energética, ampliando as oportunidades de crescimento na cidade de São Paulo.

Os participantes fizeram diversas apresentações mostrando a necessidade da criação de políticas públicas que estimulem o uso do aquecimento solar na cidade de São Paulo, otimizando o potencial e os recursos disponíveis no orçamento para a capital. Entre os principais benefícios estão:

– Queda significativa no uso de energia em horários de pico, impactando a economia familiar com a redução de 40% na conta de energia elétrica;

– Sistema de aquecimento solar com bateria elétrica ecológica para atender o período noturno;

– Payback (período para que o custo de instalação se pague e comece a gerar lucro) de 1 a 3 anos e vida útil de 30 anos.

Para a coordenadora de Educação Ambiental da UMAPAZ (Universidade Aberta de Meio Ambiente e Cultura de Paz) e representante da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, Meire Aparecida Fonseca de Abreu, é uma luta contra o tempo discutir o futuro do uso dessa tecnologia.

“Para que a gente não utilize tanto carbono, que não utilize tanta água, e que a gente simplesmente utilize o nosso sol, pensando em um futuro ótimo. Esse seminário é maravilhoso, a gente precisa desmistificar essa coisa do caro. Quando tudo isso começou era inviável para os munícipes e acho que agora está ficando um pouco mais fácil e a importância é gigantesca para que a gente melhore o meio ambiente”, disse Meire.

Voltado para o tema, também foi debatido o PL (Projeto de Lei) 107/2019, de autoria do proponente do encontro na Casa, vereador Eliseu Gabriel (PSB), que institui a Política Municipal de Energia Solar. Na justificativa da proposta, o autor destaca, entre outros aspectos, que o município de São Paulo apresenta elevado potencial para o aproveitamento de energia solar, em áreas urbanas e rurais e que ela representa uma oportunidade estratégica para a geração de renda e empregos locais de qualidade.

“Uma coisa muito importante é a transformação direta de energia solar em energia elétrica através das células fotovoltaicas, que é uma tecnologia que avançou muito e se tornou muito mais barata do que era há 20 anos. Ela é uma energia que você consegue energia elétrica localizada, sem precisar de grandes linhas de transmissão, e também não polui de jeito nenhum”, ressaltou o parlamentar.

Já Reinaldo Canto, vice-presidente do Instituto Envolverde, ressaltou a importância da união entre as entidades, o Poder Público e a sociedade civil para debater o tema e afirmou que a energia solar é a energia mais democrática que existe. “Você pode ter vários tipos de energia solar. Então uma cidade como São Paulo pode perfeitamente ser uma cidade que amplia a sua participação nesse cenário. Além de ter o combate às mudanças climáticas, você tem também a questão da redução da poluição. Quando menos você utilizar combustíveis fósseis como gasolina, diesel, carvão, para gerar energia, e também utilizar fontes como hidrelétricas que a gerente sabe que tem um custo ambiental muito grande, a energia solar pode ter esse papel”, disse.

O Seminário pode ser conferido na íntegra através do vídeo abaixo:

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