A Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Câmpus de Cuiabá, e parceiros, realizaram na manhã desta quarta-feira (15) o evento Dia de campo do projeto “Florestas de Algodão”. O encontro teve como objetivo falar sobre o plantio e manejo de algodão agroflorestal de forma sustentável. Participaram agricultores, lideranças das comunidades rurais e organizações sociais da baixada cuiabana, além de instituições que atuam com público da agricultura familiar, e na elaboração de políticas públicas.
“Ações como essa são onde conseguimos, enquanto Universidade Pública, executar nosso papel, colocando em prática o conhecimento técnico gerado em nossos laboratórios, por meio de nossas pesquisas. Com isso, conseguimos atuar junto à sociedade, nesse caso os pequenos produtores, para que eles possam fazer suas áreas serem mais produtivas, multiplicando suas opções de renda, de constância de produção”, disse o pró-reitor de Pesquisa (Propeq) da UFMT, professor Leandro Denis Battirola, complementando que o projeto traz práticas ecologicamente corretas, e dialoga com empresas parceiras para a sua viabilidade e efetivação.
O coordenador do projeto, e também do Centro Vocacional Tecnológico em Agroecologia (CVT Agroeco) da Faculdade de Agronomia e Zootecnia (FAAZ) da UFMT, Câmpus de Cuiabá, professor Henderson Gonçalves Nobres, contou que a proposta do projeto é de criar uma cadeia de algodão em sistemas agroflorestais, contribuindo com a segurança alimentar, resiliência econômica, saúde e autonomia do agricultor, regeneração do solo, aumento de biodiversidade, e sequestro de carbono, entre outros benefícios sociais e ambientais.
“Nesta capacitação nós apresentamos o projeto, ouvimos as expectativas dos agricultores e parceiros. Foi uma oportunidade para esclarecermos as dúvidas e realizarmos uma demonstração pública de plantio e manejo de algodão agroflorestal. Sabemos dos desafios que há pela frente ao propor um projeto de inovação tecnológica, onde todo conhecimento disponível hoje está direcionado à produção do algodão em grande escala, a comercialização de comodities”, ressaltou.
Para o coordenador a UFMT vem construindo seu papel enquanto Instituição do conhecimento para as populações que mais precisam. “Acreditamos que com a equipe do projeto, professores da Universidade e instituições parceiros iremos conseguir construir um protocolo de estratégias de manejo e organizacional para que ao fim do ano os agricultores tenham a segurança de aderir a esse processo e serem incluídos dentro da cadeia produtiva do algodão regenerativo em sistema agroflorestais”, destacou, finalizando que a proposta do projeto é que em 2023 aconteça a implantação de uma unidade modelo em educação e pesquisa, e em 2024 aconteça o início dos cultivos nas comunidades com compra do algodão garantida.
Fonte: ufmt