Preço da gasolina sobe mais que o previsto com a volta dos impostos


Desde o dia 1º de março, os impostos federais sobre combustíveis voltaram a ser cobrados depois de um ano zerados. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que com a reoneração o impacto final para o consumidor no posto seria de R$ 0,34 para a gasolina. Um mês e meio depois, porém, o aumento médio para o consumidor já chega a R$ 0,43, ou R$ 0,09 a mais do que o esperado.

Na última semana completa antes da reoneração, o preço médio do litro da gasolina no Brasil era de R$ 5,08, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Mas de acordo com o último levantamento de 9 a 15 de abril – 45 dias após a volta dos impostos –, o valor do combustível no país é de R$ 5,51, ou 8,4% a mais que os R$ 5,08 cobrados anteriormente.

Se o aumento realmente tivesse sido o estimado por Haddad, o valor médio do litro deveria ter chegado a R$ 5,42. Esse aumento de R$ 0,09 representa 1,6% acima do esperado pelo ministro.

Antes da volta dos impostos, com média do litro a R$ 5,08, o preço para encher o tanque de 38 litros do carro mais barato do Brasil, um Renault Kwid Zen (R$ 68.190), era de R$ 193,04. Com a gasolina a R$ 5,51, o valor saltou para R$ 209,38 R$ 16,34 a mais.

A partir do dia 1º de junho, o Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina vai subir R$ 1,22 por litro. O valor é R$ 0,23 menor do que havia sido definido antes, de R$ 1,45. A mudança acontece depois de um acordo entre os estados e os ministros Gilmar Mendes e André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mesmo com essa redução, a tendência é de que, se nada for feito, o preço da gasolina dispare nos próximos meses. Isso porque a média nacional do imposto sobre o combustível, segundo a Petrobras, é atualmente de R$ 0,99.

De acordo com o presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz), Carlos Eduardo Xavier, uma das razões para a redução do valor foi a essencialidade do combustível.

“Fizemos discussões técnicas e a gasolina ainda está no conceito da essencialidade. Consideramos uma média do que temos hoje de alíquotas modais no país e chegamos a um valor que dá conforto para todos”, explica.

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Fonte: direitonews

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